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São falsas as pesquisas atribuídas ao O POVO com candidatos a prefeito no interior de Pernambuco

As imagens de duas planilhas com dois resultados diferentes de intenção de voto para prefeito de Ipubi circularam nas redes sociais
20:53 | Nov. 06, 2020
Autor Flávia Oliveira
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Flávia Oliveira Repórter
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Tipo Notícia

Não é verdade que O POVO tenha realizado pesquisa para intenção de votos ao cargo de prefeito no município de Ipubi (distante 582 km de Recife). Nas imagens que foram compartilhadas pela internet, uma planilha com o timbre do O POVO Online atribuía ao candidato Wilson Filho (DEM) 54% da preferência, seguido de Chico Siqueira (PSB), que tentará o quarto mandato, com 36%. Outra imagem, no entanto, mostrava Siqueira com 66% e Wilson com 22%. Ambas são falsas e utilizaram o timbre do O POVO indevidamente. As pesquisas, que teriam sido feitas de 26 a 30 de outubro com 897 eleitores, não tinham registro do TSE.

"Realizamos pesquisas de intenção de voto para prefeito apenas em Fortaleza, realizada pelo Instituto Datafolha, e em Caucaia, pelo Instituto Ibope. Não houve contratação para outras cidades", afirmou Erick Guimarães, diretor-executivo de Jornalismo do O POVO

De acordo com a Resolução TSE 23.549/2017, a divulgação de pesquisa sem o prévio registro das informações sujeita os responsáveis à multa no valor de R$ 53.205,00 a R$ 106.410,00 (Lei nº 9.504/1997, arts. 33, § 3º, e 105, § 2º). Já a divulgação de pesquisa falsa é crime punível com detenção de seis meses a um ano e multa no valor de R$ 53.205,00 a R$ 106.410,00.

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As pesquisas realizadas pelas empresas devem ser registradas na Justiça Eleitoral cinco dias antes da divulgação e devem informar quem a contratou, assim como o valor e origem dos recursos despendidos no trabalho; metodologia e período de realização; plano amostral e ponderação quanto a sexo, idade, grau de instrução, nível econômico e área física de realização do trabalho a ser executado, intervalo de confiança e margem de erro; sistema interno de controle e verificação, conferência e fiscalização da coleta de dados e do trabalho de campo; questionário completo aplicado ou a ser aplicado; nome de quem pagou pela realização do trabalho e cópia da respectiva nota fiscal.

A divulgação na internet de enquete e pesquisa fraudulenta, devido à manipulação de resultados, é considerada crime porque podem enganar e influenciar os eleitores.

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