Seis casas de show de Sobral, a 250km de Fortaleza, estão interditadas desde a última sexta-feira, 1º, segundo o Corpo de Bombeiros do Município. Os estabelecimen-<br>tos foram vistoriados e apresentaram irregularidades nas estruturas. A fiscalização ocorreu sob o comando do capitão Roberto Moraes e segue a medida adotada na Capital após a tragédia na boate em Santa Maria, no Rio Grande do Sul.

FORTALEZA: 66% das boates têm irregularidades

De acordo com o capitão, a ordem do Comando Geral foi de notificar todas as edificações de reuniões públicas de Sobral que apresentassem irregularidades. Os seis clubes interditados foram: Coqueiros Fest, Derby Clube, Associação Atlética Banco do Brasil (AABB), Associação dos Empregados da Santa Casa de Sobral (Aesc), Clube dos Calçadistas de Sobral e Palmeiras Country Clube.

Risco de incêndio

O capitão Moraes informou ao O POVO Online que a ausência de plano de prevenção contra incêndios foi a irregularidade mais constatada nas casas de shows fiscalizadas. Das seis, apenas duas – Coqueiros Fest e Clube dos Calçadistas – apresentaram o documento. Na primeira, o plano de contenção existia, mas não era executado e a segunda não está com o documento em dias.

“A maioria dos casos é de relaxamento do proprietário”, conclui o capitão. Os relatórios foram entregues à Prefeitura de Sobral, ao Ministério Público e na delegacia regional da Polícia Civil.

O Corpo de Bombeiros de Sobral recebeu um retorno do Clube dos Calçadistas e deve realizar uma visita ao prédio nesta terça-feira, 5, para avaliar se já pode liberar o funcionamento. “Estabelecemos uma parceria com a prefeitura de Sobral e, a partir de agora, quem quiser abrir qualquer edificação de reuniões públicas na cidade, vai precisar de uma autorização nossa”, anuncia o capitão.

Regularização

O POVO Online entrou em contato com os proprietários das casa de shows interditadas. Clayton Carneiro, responsável pelo Coqueiros Fest, informou que o Corpo de Bombeiros solicitou a implantação de sinalizadores da saída de emergência e de extintores na área externa do clube, além de portões mais acessíveis de acesso. “Já tínhamos um plano e vamos passar a executá-lo. Em 15 dias, tudo deve estar regularizado”, afirma.

O proprietário da AABB de Sobral, Francisco Jácome, admitiu que houve uma interdição administrativa, mas que conseguiu uma autorização da prefeitura para funcionar no prazo de 30 dias enquanto consegue regularizar a situação.

O responsável pela Aaesc não atendeu as ligações. O POVO Online não conseguiu entrar em contato também com os proprietários do Derby Clube e do Palmeiras Country Club.

Elias Bruno

eliasbruno@opovo.com.br