Fóssil raro de escorpião-vinagre repatriado ficará exposto em museu científico no Ceará

Fóssil raro de escorpião-vinagre repatriado ficará exposto em museu científico no Ceará

Ele será transferido para o Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, em Santana do Cariri
Atualizado às Autor Agência Gov Tipo Notícia

Após 29 anos longe de casa, o fóssil holótipo Mesoproctus rowlandi, também conhecido como escorpião-vinagre, está de volta ao Brasil. O exemplar foi apresentado nesta segunda-feira,13, na sede do GeoPark Araripe, no Santana do Cariri, cerca de 496 km de distância de Fortaleza. O espécime ficará exposto no Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, que fica na área do parque.

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Originário da bacia do Araripe, o fóssil foi levado para a Irlanda do Norte em 1996, onde foi estudado e exposto no Museu de Ulster. O bem fossilífero foi devolvido em setembro, durante a 11ª Conferência Internacional de Geoparques Globais, da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), no Chile.

O retorno dele foi resultado de esforços do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) junto ao Ministério das Relações Exteriores e o Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, com o apoio da Procuradoria-Geral da República.

“O nosso museu está se transformando num museu científico, num museu de pesquisa, um dos melhores laboratórios que nós temos no Brasil”, disse o secretário de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social, Inácio Arruda, ao destacar que essa é uma grande vitória brasileira.

“A chegada do escorpião-vinagre reforça a atuação do governo brasileiro, que não tem medido esforços para reaver o patrimônio fossilífero do Brasil. Então, essa é mais uma vitória do País, uma vitória do povo brasileiro, já que esse material é um patrimônio da União, um bem do povo brasileiro”, afirmou o diretor do museu da Universidade Regional do Cariri (Urca), Alysson Pinheiro.

115 milhões de anos

O escorpião-vinagre viveu durante o período Cretáceo (há cerca de 115 milhões de anos) na região da Bacia do Araripe, no nordeste brasileiro, e é um espécime holótipo, ou seja, o exemplar usado para descrever e nomear a espécie. Ele representa um grupo raro com 12 espécies fosseis conhecidas.

Apesar do nome e da aparência próxima de escorpiões, o Mesoproctus rowlandi, na verdade, é um aracnídeo. Com uma cauda em formato de chicote e com cerca de 15 centímetros de comprimento, ele, quando ameaçado, não libera veneno, mas sim uma substância com ácido acético, com cheiro de vinagre, inofensivo a humanos.

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