Pentecoste: vigilante de escola é suspeito de abuso sexual; diretora teria se omitido

Segundo o Ministério Público, a Prefeitura deve afastar o vigilante de uma escola do município por suspeita de abuso sexual contra estudantes, e a diretora escolar por omissão e revitimização de adolescente

07:38 | Jul. 10, 2025

Por: Alice Barbosa
Imagem de apoio ilustrativo. MP recomenda que Prefeitura de Pentecoste afaste vigilante de escola investigado por abuso sexual e de diretora escolar por omissão (foto: Freepik)

O Ministério Público do Ceará (MPCE) recomendou que a Prefeitura de Pentecoste afaste o vigilante de uma escola do município, investigado por abuso sexual contra estudantes. O MPCE pede ainda o afastamento da diretora escolar que teria se omitido e revitimizado uma das adolescentes. 

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A orientação é para que a Prefeitura instaure procedimentos administrativos disciplinares para apurar as condutas do vigilante e da diretora, que teria omitido informações sobre o caso ao Conselho Tutelar e às autoridades competentes.  

A denúncia levada ao Conselho Tutelar e enviada à Promotoria de Justiça relatou que o vigilante teria realizado atos libidinosos contra estudantes de escola do Município, conforme o MP. 

As autoridades competentes só ficaram sabendo da suspeita de abuso sexual contra as meninas na escola após o recebimento de denúncias anônimas.

Mesmo assim, a diretora teria apenas transferido o vigilante para o turno da noite.

Além disso, a diretora teria constrangido uma das vítimas a relatar o abuso na frente do vigilante, submetendo-a a uma situação de revitimização.

De acordo com o MP, a mudança de turno do vigia ainda representa potencial risco para crianças e adolescentes, porque nesse período ocorrem as práticas esportivas escolares.

O caso é investigado pela Polícia Civil e o Ministério Público afirma que aguarda a conclusão do inquérito para se manifestar.

O MPCE advertiu que o não acolhimento da recomendação acarretará as medidas judiciais cabíveis.

Na orientação, a promotora de Justiça Lara Dourado, titular da Promotoria de Pentecoste, reforçou que é “inadmissível a tolerância a qualquer forma de violência, omissão ou negligência em relação aos direitos das crianças e adolescentes”.