Mãe afirma que morte de bebê foi acidental e pede respeito ao luto da família

Em entrevista ao O POVO, a mãe, de nome preservado, afirma que estava trabalhando e deixou a filha sob os cuidados do pai, que teria dormido por cima da bebê, o que causou a morte por asfixia

A mãe da menina de um ano de idade morta por asfixia, na quarta-feira, 26, concedeu entrevista ao O POVO nesta quinta-feira, 27, e afirmou a morte da bebê foi acidental. Ela descreve que recebeu uma ligação afirmando que a criança estava passando mal e, quando chegou em casa, a criança estava desacordada. O pai da menina foi preso em flagrante por crime de homicídio. A mãe pede que as pessoas respeitem o luto da família. 

A vendedora descreveu que estava no trabalho e deixou a criança aos cuidados do pai, pois a babá da menina havia faltado por motivo de doença. "Eu recebi ligação que ela estava passando mal e fui direto para casa. Ela estava desacordada e com os lábios roxos. Levamos ela na UPA (onde foi constatado o óbito). Era uma menina alegre e inteligente", afirma.

A mulher afirma que o pai da criança estava há dois dias sem dormir e que dormiu por cima da menina. Ela relata que a criança chorou e ele a colocou no peito, quando os dois dormiram. Quando acordou, ele percebeu que o braço cobria o rosto da bebê, que estava desacordada.

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Ela frisou que não estava em casa, mas pode afirmar que a situação foi acidental. A mulher descreve que era a primeira filha dele, que era amoroso e carinhoso: "Ele era doido por ela".

De acordo com a mulher, toda a família está recebendo uma série de ataques, motivo pelo qual a mãe procurou à Delegacia de Defesa da Mulher.

De acordo com a mãe, houve irresponsabilidade do pai em dormir por cima da criança, no entanto, ela afirma que não houve violência. Ela relata que o pai tentou fazer os primeiros socorros na criança, pois tem curso de bombeiro civil, mas ele estava em pânico e não conseguiu terminar os procedimentos. 

A menina foi sepultada nesta quinta-feira, 27, no cemitério Parque da Paz. 

Conselho tutelar acompanha o caso 

O conselheiro tutelar Eugênio Almeida, afirmou que o laudo identificará se houve outros crimes. Eugênio frisou que Conselho Tutelar não foi acionado pela UPA da Pacatuba ou pela delegacia que atendeu o caso.

O conselheiro afirma que soube da morte da criança por meio das mídias sociais e, desde então, buscou a família e a Polícia Civil para acompanhar a situação. A preocupação, no momento, é evitar o justiçamento em relação aos familiares da vítima e protegê-los.

A mãe estava recebendo acolhimento na Delegacia da Mulher. Ela, a avó, todos os parentes estavam consternados com o acontecido. O conselheiro acompanhava a família. 

Polícia Civil prende pai em flagrante por homicídio e frisa que suspeito é usuário de drogas

A Polícia Civil, por meio de nota, informou que o pai foi preso em flagrante suspeito de matar a filha de um ano de idade. Conforme o órgão, a criança deu entrada na unidade de saúde morta e sem marcas aparentes no corpo, mas com sinais de asfixia.

"O genitor da criança, usuário de drogas, estava dormindo com a vítima, e ao notar que ela chorava, pressionou o rosto da criança em seu peito para que ela parasse, mas a vítima foi sufocada e foi a óbito", informou a nota. 

O suspeito foi conduzido ao 24º Distrito Policial, onde foi autuado por homicídio doloso. Exames periciais foram solicitados para verificar se houve outro crime contra a vítima, aponta a nota. 

O nome da criança e dos pais não são divulgados por questões de segurança.

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