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Três mortes confirmadas por H1N1 no Cariri

Dois dos pacientes que foram a óbito eram residentes de Juazeiro, enquanto outro era residente de Jardim, município vizinho
21:19 | Jun. 04, 2019
Autor Lucas Braga
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Lucas Braga Repórter do O POVO Online
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Tipo Notícia

Três mortes pelo vírus H1N1 foram confirmadas pela secretária da Saúde de Juazeiro do Norte, Francimones Albuquerque. Em coletiva de imprensa na tarde desta terça-feira, 4, a gestora explicou que, dentre as 21 notificações, houve seis casos confirmados na cidade. Dois dos pacientes que foram a óbito eram residentes de Juazeiro, enquanto outro era de Jardim, município vizinho.

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> Duas pessoas morrem no Cariri; suspeita é de H1N1

A estudante Rafaela Barreto, 23, que era diabética, foi uma das vítimas em decorrência da virose por H1N1. Outra vítima em Juazeiro foi um homem idoso. Não foram divulgadas informações sobre o perfil da terceira vítima, em Jardim, a pedido da família.

Os três pacientes mortos em decorrência de H1N1 não tinham sido vacinados, mesmo fazendo parte do grupo prioritário. "A vacina está disponível desde abril, no município, mas os pacientes não procuraram a rede pública para a prevenção", lamentou Francimones.

Têm prioridade para a vacina crianças de 6 meses até menores de 6 anos; gestantes; idosos com 60 anos ou mais; mulheres com até 45 dias pós-parto; doentes crônicos; trabalhadores da saúde; população indígena; adolescentes e jovens sob medida socioeducativa, população carcerária e funcionários do sistema prisional; professores de escolas públicas e particulares; e profissionais das forças de segurança e salvamento (policiais civis, militares, bombeiros e membros ativos das Forças Armadas).

Doses extras da vacina contra a gripe (abrangendo os vírus H1N1, H3N2 e B-Colorado) já foram solicitadas pela Secretaria da Saúde, "que protocolou ofício com essa finalidade", informou a Prefeitura. A Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) não informou a previsão de entrega das doses.

Ceará

Conforme nota técnica de Influenza, divulgada pela Sesa no último dia 17, o cenário epidemológico da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), que contabiliza pacientes hospitalizados, já registrava 416 casos este ano.

Ao todo, foram contabilizados 52 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave por influenza, sendo 33 em Fortaleza. Em todo o Estado, pelo menos 20 pessoas foram hospitalizadas com o vírus H1N1.

A Sesa informou, em planilha de Doenças de Notificação Compulsória, que cinco pessoas já morreram por influenza entre janeiro e maio deste ano, no Ceará. Foram três mortes em Fortaleza, um óbito em Itapipoca e outro em Russas. Das cinco mortes, duas foram por H1N1. Até a semana passada, porém, o cálculo não contava as três novas mortes no Cariri

Padre morreu nesta madrugada; há suspeita de H1N1

A morte do padre José Luismar Rodrigues, 52, não teve causa confirmada ainda. Há suspeita porém de contaminação com o vírus H1N1.

De acordo com a Diocese do Crato, Luismar Rodrigues era pároco da Paróquia Nossa Senhora das Angústias, em Tarrafas. Ele estava internado no Hospital São Francisco, no Crato, com problemas pulmonares. O padre teve parada cardíaca por volta das 3h20min e faleceu.

O padre foi sepultado no distrito de Farias Brito. O presidente da Câmara Municipal dos Vereadores de Tarrafas, Valdeci Ferreira Lêu, decretou luto oficial de três dias no âmbito do Poder Legislativo do Município. 

Vacina

A influenza é uma doença sazonal, mais comum no inverno. No Brasil, devido às diferenças climáticas e geográficas, podem ocorrer diferentes intensidades de sazonalidade da influenza e em diferentes períodos nos estados.

A vacina produzida para 2019 teve mudança em duas das três cepas que compõem a vacina e protege contra os três subtipos do vírus da gripe que mais circularam no último ano no Hemisfério Sul, de acordo com determinação da OMS: H1N1, H3N2 e B-Colorado. De acordo com o Ministério da Saúde, a vacina contra gripe é segura e reduz as complicações que podem produzir casos graves da doença.

Os grupos prioritários são as crianças de 6 meses até menores de 6 anos, gestantes, idosos com 60 anos ou mais, mulheres com até 45 dias pós-parto, doentes crônicos, trabalhadores da saúde, população indígena, adolescentes e jovens sob medida socioeducativa, população carcerária e funcionários do sistema prisional e professores de escolas públicas e particulares e profissionais das forças de segurança e salvamento (policiais civis, militares, bombeiros e membros ativos das Forças Armadas).

Neste ano, até 11 de maio, foram registrados 807 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por influenza em todo o país, com 144 mortes. Até o momento, o subtipo predominante no país é o vírus influenza A (H1N1), com registro de 407 casos e 86 óbitos.

Com informações da repórter Nildênia Damasceno, da rádio CBN Cariri

Matéria atualizada às 21 horas

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