Homem é preso em Cariré suspeito de torturar e obrigar a ex a ingerir veneno para formiga

A mulher de 24 anos teria sido vítima ainda de espancamentos, abuso sexual, tortura e tentativas de afogamentos

Um homem de 33 anos foi preso suspeito de tentar matar a ex-companheira, de 24 anos, por envenenamento utilizando veneno para formigas. A captura ocorreu nessa quinta-feira, 12, na localidade de Anil, no município de Cariré, no Sertão de Sobral. A mulher teria sido vítima de espancamentos, abuso sexual, tortura e tentativas de afogamentos. 

O suspeito, que não teve a identidade revelada, foi capturado pela Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE) após mandado de prisão preventiva. Segundo investigações, ele já possui antecedentes criminais pelo crime de ameaça, além de um histórico de violência doméstica. 

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Conforme a Polícia, a vítima relatou que fugiu da casa onde morava com o suspeito no último dia 12 de julho, e passou mais de 15 dias escondida na casa de conhecidos, porém, o suspeito a encontrou e a levou para casa onde foi agredida e abusada sexualmente.

No último dia 6, quando o homem atentou contra a vida da mulher, a vítima fugiu novamente, mas o suspeito a encontrou na manhã do dia 7 e a levou a força do local onde estava escondida. Ainda de acordo com os levantamentos policiais, o suspeito a agrediu e a amarrou em uma árvore.

Os investigadores apuraram que o homem ameaçava a vítima de morte a todo instante. O suspeito chegou a obrigar a mulher a tomar veneno de formiga, mas a vítima começou a passar mal e vomitou. O histórico de violência doméstica incluía tentativas de afogamento, ameaças utilizando foice e episódios de espancamento, conforme apurado por policiais da Delegacia Regional de Sobral, que realizaram a prisão do homem e investigam os crimes.

Após as agressões, a vítima conseguiu sair da casa onde estava com o homem, no momento em que passava uma composição da Polícia Militar do Ceará, o que teria feito ele fugir. Na sequência, ela foi para a casa de parentes e resolveu comparecer à delegacia para registrar a ocorrência e solicitar medidas protetivas.

Assim, o caso passou a ser investigado e a prisão do suspeito foi solicitada, ocorrendo na tarde de ontem, 12. O homem responderá a princípio pelos crimes de lesão corporal, perigo de contágio de moléstia grave, além de violência psicológica e tortura.

Denúncias

 

A população pode contribuir com as investigações repassando informações que auxiliem os trabalhos policiais. As denúncias podem ser direcionadas para o ‪‪(88) 3677 4711, o telefone da Delegacia Regional de Sobral, ou ainda para o (88) 98169 2347, que é o número de WhatsApp, pelo qual podem ser feitas denúncias via mensagem, áudio, vídeo e fotografia. O sigilo e o anonimato são garantidos.

Violência contra a mulher - o que é e como denunciar?

A violência doméstica e familiar constitui uma das formas de violação dos direitos humanos em todo o mundo. No Brasil, a Lei 11.340, conhecida como Lei Maria da Penha, caracteriza e enquadra na lei cinco tipos de violência contra a mulher: física, psicológica, moral, sexual e patrimonial.

Entenda as violências:

Violência física: espancamento, tortura, lesões com objetos cortantes ou perfurantes ou atirar objetos, sacudir ou apertar os braços

Psicológica: ameaças, humilhação, isolamento (proibição de estudar ou falar com amigos)

Sexual: obrigar a mulher a fazer atos sexuais, forçar matrimônio, gravidez ou prostituição, estupro.

Patrimonial: deixar de pagar pensão alimentícia, controlar o dinheiro, estelionato

Moral: críticas mentirosas, expor a vida íntima, rebaixar a mulher por meio de xingamentos sobre sua índole, desvalorizar a vítima pelo seu modo de se vestir

A Lei 13.104/15 enquadrou a Lei do Feminícidio - o assassinato de mulheres apenas pelo fato dela ser uma mulher. O feminicídio é, por muitas vezes, o triste final de um ciclo de violência sofrido por uma mulher - por isso, as violências devem ser denunciadas logo quando ocorrem. A lei considera que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve violência doméstica e familiar ou menosprezo ou discriminação à condição de mulher.


LEIA MAIS | Veja como denunciar violência doméstica durante a pandemia


Veja como buscar ajuda:


Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180

Delegacia de Defesa da Mulher de Fortaleza (DDM-FOR)
Rua Teles de Souza, s/n - Couto Fernandes
Contatos: (85) 3108- 2950 / 3108-2952

Delegacia de Defesa da Mulher de Caucaia (DDM-C)
Rua Porcina Leite, 113 - Parque Soledade
Contato: (85) 3101-7926

Delegacia de Defesa da Mulher de Maracanaú (DDM-M)
Rua Padre José Holanda do Vale, 1961 (Altos) - Piratininga
Contato: 3371-7835

Delegacia de Defesa da Mulher de Pacatuba (DDM-PAC)
Rua Marginal Nordeste, 836 - Jereissati III
Contatos: 3384-5820 / 3384-4203

Delegacia de Defesa da Mulher do Crato (DDM-CR)
Rua Coronel Secundo, 216 - Pimenta
Contato: (88) 3102-1250

Delegacia de Defesa da Mulher de Icó (DDM-ICÓ)
Rua Padre José Alves de Macêdo, 963 - Loteamento José Barreto
Contato: (88) 3561-5551

Delegacia de Defesa da Mulher de Iguatu (DDM-I)
Rua Monsenhor Coelho, s/n - Centro
Contato: (88) 3581-9454

Delegacia de Defesa da Mulher de Juazeiro do Norte (DDM-JN)
Rua Joaquim Mansinho, s/n - Santa Teresa
Contato: (88) 3102-1102

Delegacia de Defesa da Mulher de Sobral (DDM-S)
Av. Lúcia Sabóia, 358 - Centro
Contato: (88) 3677-4282

Delegacia de Defesa da Mulher de Quixadá (DDM-Q)
Rua Jesus Maria José, 2255 - Jardim dos Monólitos
Contato: (88) 3412-8082


Casa da Mulher Brasileira

A Casa da Mulher Brasileira é referência no Ceará no apoio e assistência social, psicológica, jurídica e econômica às mulheres em situação de violência. Gerida pelo Estado, o equipamento acolhe e oferece novas perspectivas a mulheres em situação de violência por meio de suporte humanizado, com foco na capacitação profissional e no empoderamento feminino.


Telefones para informações e denúncias:

Recepção: (85) 3108.2992 / 3108.2931 – Plantão 24h
Delegacia de Defesa da Mulher: (85) 3108.2950 – Plantão 24h, sete dias por semana
Centro Estadual de Referência e Apoio à Mulher: (85) 3108.2966 - segunda a quinta, 8h às 17h
Defensoria Pública: (85) 3108.2986 / segunda a sexta, 8h às 17h
Ministério Público: (85) 3108. 2940 / 3108.2941, segunda a sexta , 8h às 16h
Juizado: (85) 3108.2971 – segunda a sexta, 8h às 17h


 

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