Policial penal é suspenso por 90 dias por ameaçar namorada e efetuar disparo

Caso ocorreu em maio de 2019 em Assaré. Outras quatro investigações contra agentes de segurança por casos de violência doméstica foram abertas pela CGD nesta semana

Um policial penal foi suspenso por 90 dias após um caso em que ele teria efetuado um disparo de arma de fogo e ameaçado a namorada. A decisão foi tomada pela Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD) e foi publicada na quarta-feira, 21, no Diário Oficial do Estado (DOE).

O caso aconteceu em maio de 2019 em Assaré, a 470 km de Fortaleza, na região do Cariri. O policial penal foi preso em flagrante após, conforme depoimento da vítima, ligar para ela dizendo que “se ela não o quisesse mais, ele a mataria e depois cometeria suicídio”.

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Em seguida, o policial teria dirigido até a casa dela e tentado forçar a entrada no domicílio. "Consta ainda que o servidor, ao não localizar a vítima em sua residência, dirigiu-se à casa da genitora da namorada e efetuou um disparo de arma de fogo", afirma a portaria que decidiu pela punição.

Em depoimento na Polícia Civil, o policial confessou ter ingerido bebida alcoólica e ter efetuado disparo de arma de fogo com a pistola acima descrita, além de ter assumido a possibilidade de ter ameaçado a vítima.

Entretanto, na defesa apresentada à CGD, ele negou que tenha feito ameaças ou disparo de arma de fogo e que “tudo não passou de um desentendimento conjugal”. A defesa ainda trouxe argumentos como o fato da vítima ter se retratado e não ter havido perícia no local para constatar o disparo.

A comissão sindicante, entretanto, não levou em consideração a defesa trazida pelo policial. “Nesse diapasão, as provas colhidas nos autos não deixam dúvida que as condutas transgressivas praticadas pelo defendente ocorreram no contexto de violência doméstica, tanto que justificaram a concessão de medidas protetivas deferidas pelo Poder Judiciário, conforme relatado pela própria vítima em seu depoimento”.

O POVO opta por não divulgar o nome do policial punido para não permitir a identificação da vítima.

Quatro agentes de segurança investigados por violência contra mulher

Na última segunda-feira, 19, outras portarias haviam sido publicadas pela CGD no DOE sobre casos de violência doméstica que teriam sido praticados por agentes de segurança. Um delegado da Polícia Civil é investigado por manter a companheira em cárcere privado, “bem como ofendeu a integridade física desta e ameaçou causar-lhe mal injusto e grave”. O caso ocorreu em Crato (Cariri Cearense).

Os outros agentes são militares. Um cabo do Corpo de Bombeiros teria insultado e agredido fisicamente com socos e empurrões a ex-companheira em Caucaia (Região Metropolitana de Fortaleza). Outro cabo, da Polícia Militar, é investigado por haver agredido e ameaçado sua esposa, em Aquiraz (Região Metropolitana de Fortaleza).

E um capitão da PM, também em Caucaia, responde a conselho de justificação, por supostamente ter ofendido verbal e fisicamente a sua companheira e duas enteadas. O oficial também teria tentado abusar sexualmente de uma terceira enteada.

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Segurança Pública Ceará Violência Doméstica Ceará Investigação Agentes de Segurança

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