Cinco réus irão a júri popular por mortes de Gegê do Mangue e Paca

Chefes da facção criminosa PCC foram mortos em 2018 após serem levados de helicóptero para o local do crime. Pronunciados poderão recorrer. Outros quatro réus aguardam decisão

A Vara Única Criminal de Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza, pronunciou cinco dos dez acusados de matar Rogério Jeremias de Simone, o “Gegê do Mangue”, e Fabiano Alves dos Santos, o “Paca, em 15 de fevereiro de 2018. A decisão foi tomada na última sexta-feira, 8, e publicada nessa segunda-feira, 12. Os réus poderão recorrer.

Irão a júri popular, conforme a decisão: Erick Machado Santos, conhecido como “Rick da Baixada”; Carlenilton Pereira Maltas; André Luis da Costa Lopes, conhecido como "Andrezinho da Baixada”; Jefte Ferreira Santos; e Maria Jussara da Conceição Ferreira Santos.

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Carlenilton foi apontado como um dos executores do homicídios, enquanto Erick e André Luis também estariam na cena do crime guardando o local e Maria Jussara e Jefte, mãe e filho, auxiliaram na logística necessária para o cometimento do duplo homicídio.

A investigação, feita pela Delegacia de Combate às Ações Criminosas Organizadas (Draco), apontou que Gegê e Paca foram executados por causa de um racha na cúpula nacional do Primeiro Comando da Capital (PCC).

As vítimas chegaram a ser acusadas de desviar dinheiro da facção, o que seus partidários rebatiam. Wagner Ferreira da Silva, o “Cabelo-Duro”, que também teria participação no duplo assassinato, foi morto oito dias depois, já em São Paulo (SP).

Também foram denunciados pelas mortes de Gegê e Paca: Felipe Ramos Morais, Gilberto Aparecido dos Santos, Ronaldo Pereira Costa, Tiago Lourenço de Sá de Lima e Renato Oliveira Mota. Esses réus, porém, tiveram os processos desmembrados e ainda aguardam decisão de pronunciamento ou não.

Felipe, que era o piloto do helicóptero que transportou as vítimas, foi morto em intervenção policial em 2023 em Goiás. Gilberto Aparecido dos Santos, o "Fuminho", é apontado como o mandante do crime. Ele foi preso em Moçambique em 2020.

Relembre o crime

Gegê e Paca foram assassinados em uma clareira localizada em zona de mata na Lagoa da Encantada, reserva índigena do povo Jenipapo-Kanindé. Os dois, conforme denúncia do MPCE, foram vítimas de uma emboscada.

Gegê e Paca tinham residências no Eusébio, também na Região Metropolitana de Fortaleza. Eles partiram de helicóptero, da Praia do Futuro, quando a aeronave desceu de repente no local do crime. Wagner teria rendido os dois, que chegaram a questionar “vocês estão loucos?”. 

Na mata, um grupo aguardava-os. Gegê e Paca foram mortos a tiros; o primeiro levou um disparo, enquanto o outro, quatro. Os corpos dos dois ainda foram parcialmente queimados.

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Segurança Pública Ceará Gege do Mangue Paca Homicídio chefes PCC Aquiraz

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