Mais de três anos anos após prisão injusta, jovem é absolvido no Ceará

Mais de três anos anos após prisão injusta, jovem é absolvido no Ceará

Aos 21 anos, Jorge Luiz foi acusado de um crime que não cometeu. Nesta quarta-feira, 27, recebeu o alvará de soltura e foi acolhido pela família e amigos

Jorge Luiz Freitas, 27, permaneceu encarcerado por mais de três anos, condenado por um crime que não havia cometido. Na tarde desta quarta-feira, 27, após recurso previsto para a reversão de condenações injustas, o jovem recebeu o alvará de soltura.

Em setembro de 2018, ele estava colhendo frutas no quintal e enviando mensagens para a mãe, quando uma adolescente de 17 anos foi violentada. Nas investigações do crime, a vítima afirmou ter ouvido o nome “Jorge”, um dos fatores que levou à condenação em 4 de outubro de 2021.

O pedido de revisão criminal apresentado pela Defensoria Pública do Estado do Ceará (DPCE) foi deferido por unanimidade pelo Tribunal de Justiça na última segunda-feira, 25. Na ocasião, novas provas foram compartilhadas, além de testemunhas que não foram incluídas no processo inicial.

A vítima também alterou seu depoimento, reconhecendo ter realizado uma associação equivocada, com base apenas no nome escutado.

“A revisão criminal deve ser acionada sempre que surgirem novas provas da inocência da pessoa condenada, quando se comprovar erro, contradição ou ainda ilegalidades graves durante o processo”, ressalta o defensor público Emerson Castelo Branco, titular do Núcleo de Atendimento ao Preso Provisório (Nuapp).

Tenho minha vida de volta, diz jovem preso injustamente por 1 ano | LEIA MAIS

Jovem é absolvido no Ceará: acolhimento da família e amigos

Uma investigação própria foi conduzida pela Defensoria para agrupar novos elementos, incluindo uma foto de Jorge, enviada à mãe no momento do crime. O rapaz estava em casa e trocava mensagens sobre o suco que faria naquele dia.

Além do filho de Jorge, de 7 anos, outras figuras importantes se reuniram ao lado da família na saída da Unidade de Horizonte: Antônio Cláudio (preso injustamente em 2014) e Daniel da Silva (preso injustamente por reconhecimento facial na Arena Castelão).

“Quem esteve desde o começo no meu caso foi o Antônio Cláudio, sabe? Ele que me ajudou, correu atrás de tudo com a minha família para poder fazer com que eu vencesse toda essa batalha. Ele é uma peça importantíssima de tudo”, disse Jorge Luiz ao O POVO, relatando a atuação do amigo.

Atualizada às 11h20

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Tags

Os cookies nos ajudam a administrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar