Ceará intensifica campanha de imunização contra a Covid-19 após aumento de casos

Pastas estaduais e municipais de Saúde alertam para a importância de buscar por imunização

Com o aumento dos casos de Covid-19 no Ceará, a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) ampliou a vacinação em todo o território cearense. A campanha de reforço, que começou nesta segunda-feira, 4, vai até o próximo dia 15 de dezembro. Em Fortaleza, a população terá atendimento no Vapt Vupt Antônio Bezerra, Messejana e Papicu, que estarão abertos para vacinação das 8 às 17 horas.

Na última semana, foram confirmados pelo menos 470 casos de Covid-19 no Ceará. Os dados são do Laboratório Central de Saúde Pública do Ceará (Lacen-CE) que analisou 1.368 testes RT-PCR para Covid-19. O índice de positividade verificado foi de 34,4%.

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O Estado contabilizou, neste ano, 19.136 casos de Covid-19 e 77 óbitos. Entre os dias 1º e 30 de novembro, 2.809 pessoas foram diagnosticadas com a doença. Segundo a coordenadora estadual de Vigilância Epidemiológica, Ana Maria Peixoto, esse aumento nos casos, observado na última semana, pode estar associado à introdução da subvariante JG.3, descendente da EG.5 (conhecida como "Variante Eris").

"Durante o período de 19 a 25 de novembro, a Região de Saúde (RS) do Cariri registrou a maior taxa de positividade, atingindo 38,1% (8 em 21 amostras). No entanto, a análise torna-se desafiadora devido à quantidade insuficiente de amostras processadas em todas as regiões, exceto na RS Fortaleza, que teve uma positividade de 22,7%", destaca a coordenadora.

Conforme a coordenadora estadual de Imunização da Sesa, Ana Karine Borges, o objetivo é "avançar na cobertura vacinal da dose do reforço de bivalente, disponível desde fevereiro de 2023, do qual apenas 19% da população elegível está vacinada".

As unidades de saúde também funcionarão na Capital e no interior do Estado. Em Fortaleza, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) também tem trabalhado para controlar os casos da doença. Nesse sábado, 2, a pasta realizou um mutirão de vacinação contra Covid-19 e influenza.

Ao todo, 14 postos de saúde foram abertos em regime especial, atendendo todas as seis coordenadorias regionais de saúde da Capital, para garantir a vacinação da população. Na manhã desta segunda-feira, no Posto de Saúde (UAPS) Dr. Antônio Ciríaco de Holanda Neto, no bairro Parangaba, o trabalhador Flávio Frandsen, de 57 anos, aproveitou a pausa na rotina para comparecer à unidade e garantir a dose da vacina bivalente.

“Vim tomar a bivalente para a Covid e ver se consigo a vacina contra a influenza. Já faz tempo que queria passar por aqui, mas — por ter a rotina corrida — nunca tive tempo. Como vim para resolver uma coisa rápida, resolvi aproveitar. Nunca cheguei a ser infectado pela Covid, segui bem o calendário vacinal. Hoje vim para saber se falta alguma dose para completá-lo”, conta.

Aumento de casos alerta para importância de buscar por imunização

Em coletiva de imprensa acerca do atual cenário epidemiológico da doença, realizada na última sexta-feira, 1º, o secretário executivo de Vigilância em Saúde da Sesa, Antonio Silva Lima Neto (Tanta) detalha que, com relação à vacina bivalente, o índice de cobertura na população em geral é de 17,1% no Ceará.

“A atualização vacinal, especialmente com a bivalente, não protege as pessoas somente contra o vírus original da Covid-19. A bivalente é capaz de produzir anticorpos contra a Ômicron e novas subvariantes decorrentes dela”, aponta o gestor.

Outro interessado em completar o ciclo vacinal foi o senhor Milton Franco, de 73 anos, que também aproveitou a oportunidade para comparecer à UAPS Parangaba, certificar-se de que já havia tomado todas as doses disponíveis.

“Eu vim saber se tô precisando tomar vacina ou não. Se faltar alguma, eu quero tomar. Escutei tanto que essa Covid tá voltando, né? Resolvi vir aqui para saber. Acho que a gente tem que se prevenir. Apesar de que na época da pandemia, em 2020, tinha muita fake news, sempre fui a favor da vacina e busquei tomar todas as doses que fossem necessárias”, afirma o idoso.

Conforme a coordenadora Ana Karine, as vacinas oferecidas pelo SUS "seguem seguras e eficazes contra as possíveis manifestações mais graves da doença". Em consonância com as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), as vacinas contra Covid-19 são indicadas para a população em geral acima de 6 meses de idade.

(Com informações do repórter Gabriel Damasceno/Especial para O POVO)

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