Chacina do Curíó: "Uma injustiça não repara outra", diz defesa de réu

Walmir Medeiros comentou, durante o julgamento, que não há elementos que apontem aos respectivos réus alguma culpa. "Uma denúncia muito rápida. Nove meses para investigar uma chacina", comenta.

"Não questionamos as mortes, foi uma chacina, foi uma injustiça sem tamanho, mas uma injustiça não repara outra", diz a defesa do réu Marcus Vinicius Sousa da Costa, o advogado Walmir Medeiros, nesta sexta-feira, 23, durante o 4º dia de julgamento do caso da Chacina do Curió. Marcus Vinícius é um dos quatro réus julgados na primeira parte do processo que foi desmembrado. Eles são julgados por 11 homicídios duplamente qualificados e tortura. 

O advogado comenta que os promotores de Justiça são bons, mas que, nesse caso, o Ministério Público do Ceará e a Polícia não seguiram os padrões de investigação. "O que começa errado não termina certo", relata.

Walmir Medeiros comentou, durante o julgamento, que não há elementos que apontem aos respectivos réus alguma culpa. "Uma denúncia muito rápida. Nove meses para investigar uma chacina", comenta.

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Para o advogado, o estado do Ceará tem responsabilidade civil no sentido de reparar os sobreviventes e os familiares das 11 pessoas que morreram, mas aponta que há necessidade de individualização de conduta. A defesa ainda comentou que algumas provas foram abandonadas, como a que aponta que os cartuchos de bala seriam da Polícia Civil do Ceará.

O advogado relembrou o caso de quatro policiais civis que foram mortos no Interior do Ceará e as questões de saúde mental da categoria, além de frisar que "policiais também moram em comunidades, que precisam se mudar por causa de facções e que o estado se omite, que policiais também são injustiçados", destaca.

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Chacina do Curió Tribunal de Justiça do Ceará Ministério Público Ceará chacina da grande Messejana

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