Chacina do Curíó: "Uma injustiça não repara outra", diz defesa de réu
Walmir Medeiros comentou, durante o julgamento, que não há elementos que apontem aos respectivos réus alguma culpa. "Uma denúncia muito rápida. Nove meses para investigar uma chacina", comenta.![SEGUNDO dia do julgamento da
Chacina na região da Grande Messejana](https://www.opovo.com.br/_midias/jpg/2023/06/21/818x460/1_segundo_dia_julgamento_chacina_grande_messejana-22360590.jpg)
"Não questionamos as mortes, foi uma chacina, foi uma injustiça sem tamanho, mas uma injustiça não repara outra", diz a defesa do réu Marcus Vinicius Sousa da Costa, o advogado Walmir Medeiros, nesta sexta-feira, 23, durante o 4º dia de julgamento do caso da Chacina do Curió. Marcus Vinícius é um dos quatro réus julgados na primeira parte do processo que foi desmembrado. Eles são julgados por 11 homicídios duplamente qualificados e tortura.
O advogado comenta que os promotores de Justiça são bons, mas que, nesse caso, o Ministério Público do Ceará e a Polícia não seguiram os padrões de investigação. "O que começa errado não termina certo", relata.
Walmir Medeiros comentou, durante o julgamento, que não há elementos que apontem aos respectivos réus alguma culpa. "Uma denúncia muito rápida. Nove meses para investigar uma chacina", comenta.
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![FORTALEZA, CEARÁ, BRASIL, 20-06-2023: Julgamento dos réus da Chacina do Curió, que deixou 11 pessoas mortas na madrugada do dia 12 de novembro de 2015. (Foto: Samuel Setubal) FORTALEZA, CEARÁ, BRASIL, 20-06-2023: Julgamento dos réus da Chacina do Curió, que deixou 11 pessoas mortas na madrugada do dia 12 de novembro de 2015. (Foto: Samuel Setubal)](https://www.opovo.com.br/_midias/jpg/2023/06/20/506x360/1__julgamento_chacina_do_curio__50-22341332.jpg)
Para o advogado, o estado do Ceará tem responsabilidade civil no sentido de reparar os sobreviventes e os familiares das 11 pessoas que morreram, mas aponta que há necessidade de individualização de conduta. A defesa ainda comentou que algumas provas foram abandonadas, como a que aponta que os cartuchos de bala seriam da Polícia Civil do Ceará.
O advogado relembrou o caso de quatro policiais civis que foram mortos no Interior do Ceará e as questões de saúde mental da categoria, além de frisar que "policiais também moram em comunidades, que precisam se mudar por causa de facções e que o estado se omite, que policiais também são injustiçados", destaca.
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