Chacina do Curió: veja como foi o 3º dia de julgamento

Ao longo do dia, foram ouvidos os réus: Antônio José de Abreu Vidal Filho, Ideraldo Amâncio, Marcus Vinícius Sousa da Costa e Wellington Veras Chagas

Ocorre nesta quinta-feira, 22, o terceiro dia de julgamento de quatro dos acusados da Chacina da Grande Messejana, conhecida como Chacina do Curió. Ao longo do dia, foram ouvidos os réus: Antônio José de Abreu Vidal Filho, Ideraldo Amâncio, Marcus Vinícius Sousa da Costa e Wellington Veras Chagas.

Tribunal do júri, que teve início na terça-feira, 20, está ocorrendo no Fórum Clóvis Beviláqua, em Fortaleza, e deve ser concluída até o fim desta semana. Além dos quatro réus, um acusado morreu durante a tramitação e os outros três aguardam conclusão de recursos em tribunais superiores.

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Dois outros julgamentos vão acontecer ao longo deste ano. O próximo júri do caso está marcado para o dia 29 de agosto e o terceiro julgamento ocorre no dia 13 de setembro.

Chacina do Curió: confira como foram os depoimentos

Os trabalhos iniciaram por volta das 9 horas e o primeiro acusado a ser ouvido foi Antônio José, por meio de videoconferência. Por orientação dos advogados, o réu não respondeu às perguntas feitas pelo Ministério Público do Ceará (MPCE). As defesas dos demais acusados não fizeram questionamentos. 

Em seguida, foi a vez de Marcus Vinícius Sousa da Costa depor. O réu respondeu aos questionamentos do colegiado de juízes. No entanto, ele apelou ao direito de se manter em silêncio e, assim como Antônio José, também não respondeu as perguntas que foram feitas pelo Ministério Público.

O terceiro a depor foi Wellington Veras Chagas. Na ocasião, ele reforçou que era inocente e optou por não responder às questões do MPCE e da assistência de acusação.

Réu disse que o carro dele só foi citado em uma imagem de uma câmera do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) no quilômetro dois da Maestro Lisboa, sentido Washington Soares, por volta das 23h41min, sendo que o horário em que a primeira pessoa teria sido baleada foi às 23h45min na Lagoa Redonda.

A denúncia diz que a placa do carro de Wellington estava adulterada, o que ele diz que não fez e nem viu que alguém tenha feito. Acusado também reforçou que só esteve no Frotinha e na base do "Crack, é Possível Vencer" em apoio ao soldado Serpa, que foi morto horas antes da chacina. 

Réu alegou que ficou pouco tempo nos locais "porque o carro estava com problema de ignição" e frisou que estava desarmado. 

O último a ser interrogado foi Ideraldo Amancio, que também não quis responder ao MPCE. Interrogatório precisou ser interrompido por cinco minutos depois da promotora pedir civilidade ao advogado do acusado. 

Em depoimento, Ideraldo afirmou que precisou tomar remédios tarja preta após a acusação e chegou a chorar ao dizer que "os pais deles deixaram de viver por saber que o filho que criaram estavam passando por uma situação dessa". Até às 20 horas de hoje o interrogatório ainda seguia. 

De acordo com a assessoria do MPCE, para esta sexta-feira estão previstas nove horas de debate.  Quesitação e sentença ocorrerão pela manhã do sábado, 24.

Com informações do repórter Lucas Barbosa

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