Entenda o racha de facções no Parque Leblon, em Caucaia

Viaturas da PM estavam no local e realizaram prisões

A movimentação policial no Parque Leblon, em Caucaia, Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), estava intensa nessa quarta-feira, 21. O motivo é a guerra entre facções criminosas. A Massa, grupo criminoso que se diz neutro, e a Guardiões do Estado (GDE) entraram em conflito, pois a Massa quer dominar áreas que seriam de predominância da GDE.

O bairro caucaiense era de predominância da GDE, até que uma ruptura levou a integrantes da facção se tornarem "neutros", conforme O POVO apurou. Durante esse racha os criminosos que resolveram mudar de facção foram embora da comunidade e voltaram armados e ameaçando os inimigos, no intuito de fazer uma possível retomada de território.

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Guerra de facções em Caucaia: Justiça extingue processo contra seis presos

De acordo com uma fonte, a Polícia foi acionada para o local por meio da Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops). Uma equipe da Força Tática, do 12º Batalhão da Polícia Militar, chegou ao local e prendeu um indivíduo com tornozeleira eletrônica que estaria envolvido com as ações da organização criminosa. Equipes do Comando Tático Motorizado (Cotam) também atuaram na unidade.

O POVO verificou a existência de vídeos de criminosos armados fazendo pichações, que circularam nas redes sociais. Essa guerra começa por meio de aplicativos de vídeo, em que ambos os grupos criminosos se ameaçam e divulgam fotografias de pessoas que estariam marcadas para morrer após sair da facção para integrar a outra. Esses são considerados "traidores" e têm suas imagens expostas pela organização criminosa.

Além dos armamentos, ameaças e pichações no intuito de "marcar território", a divulgação de fake news também tem se tornado prática das organizações criminosas. O POVO apurou que os grupos divulgam informações falsas para confundir a Policia.

No último fim de semana, a Alameda das Palmeiras, do Ancuri, passou pela mesma situação de enfrentamento que ocorre atualmente no Parque Leblon. Vídeos de moradores deixando um grupo criminoso para participar de outro circularam nas redes sociais. As forças de segurança intensificaram policiamento no local.

Racha de facções: o que diz a Polícia

Conforme fonte da Polícia Militar, em todos os locais em que há registro de racha de facções, a Polícia está realizando incursões e operações diariamente. Além da Alameda das Palmeiras e do Parque Leblon, a Barra do Ceará também tem registro de racha de organização criminosa.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), Carlos Daniel da Silva Nogueira Leal, com antecedentes por tráfico de drogas, roubo e corrupção ativa foi capturado no Parque Leblon. Conforme o órgão, com ele, foi apreendida uma pistola e 13 munições.

O POVO apurou que 11 pessoas foram presas e oito armas apreendidas nesta quinta-feira, 22. Um fuzil, uma calibre 12 e uma submetralhadora artesanal foram apreendidas pelo Comando Tático Motorizado (Cotam). Essas armas aparecem em vídeos dos grupos criminosos, que se dizem da Massa. Em outra região, a Força Tática e o Raio também realizaram apreensões.

Racha de facções: outros casos

Na Sapiranga, o racha entre duas facções ocasionou uma chacina na noite de Natal, no dia 25 de dezembro de 2021, na comunidade do Alecrim, em que seis pessoas foram mortas.  As investigações apontaram a disputa entre Comando Vermelho e Massa.

 No Jangurussu, em fevereiro de 2022, O POVO registrou que famílias foram expulsas de suas casas.

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Segurança Pública Ceará facções criminosas Ceará Polícia operações Parque Leblon

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