Ceará tem aumento de casos de H1N1 em adultos, aponta boletim da Fiocruz

No caso das crianças de até dois anos, tendência de aumento de casos de internações por Vírus Sincicial Respiratório (VSR) se mantém desde abril

O Ceará é um dos 19 estados do Brasil que apresenta aumento do número de casos de síndrome respiratória em adultos associada ao vírus influenza A, sendo a maioria por H1N1. Também entre os adultos, há manutenção da queda de casos positivos do Sars-CoV-2. Em relação às crianças, sobretudo até dois anos, o crescimento de novos casos e de internações pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR) segue tendência de aumento desde o mês de abril. 

Dados se referem à Semana Epidemiológica (SE) 20, de 14 a 20 de maio e foram inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 22 de maio.

Nas quatro últimas semanas, os vírus respiratórios que tiveram prevalência entre os casos positivos foram: influenza A (17,8%); influenza B (6,9%); VSR (45,7%) e Covid-19 (23,5%). Entre os óbitos, a presença dos vírus citados entre os positivos foi de: influenza A (20,9%); influenza B (12,3%); VSR (10,4%) e Sars-CoV-2/Covid-19 (51,7%).

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Conforme o coordenador do InfoGripe, o pesquisador Marcelo Gomes, na população a partir de 15 anos há manutenção de um cenário que já vinha se desenhando durante o mês de abril, consolidando-se em maio.

Ele observa que nas últimas quatro semanas (23 de abril a 20 de maio), cerca de 31% dos casos positivos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em pessoas a partir de 15 anos estavam associados ao vírus influenza A, sendo o vírus H1N1 a maioria dos subtipados.

No mês de março, cerca de 9% foram influenza A, subindo para 22% em abril. Enquanto isso, o vírus da Covid-19 saiu de um patamar de 80% dos casos positivos em março para um percentual de 53% nas últimas quatro semanas nesse mesmo público.

Casos de Srag no Brasil em 2023

Conforme o acompanhamento, considerando o  ano epidemiológico 2023, já foram notificados 69.181 casos de Srag no Brasil. Dos quais 27.475 (39,7%) tiveram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 33.343 (45,3%) negativos, e ao menos 6.187 (8,9%) aguardando resultado laboratorial.

Dentre os casos positivos do ano corrente, 7,2% são Influenza A, 4,9% Influenza B, 40,6% vírus
sincicial respiratório (VSR), e 37,5% SARS-CoV-2.

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