Fraude no INSS: político e empresários são alvos de operação da PF

Investigação aponta prejuízo de R$ 6,6 milhões aos cofres públicos. Suspeitos devem prestar depoimento em Fortaleza a partir da próxima semana

Um vereador de Pindoretama, de nome não informado, e empresários do ramo de construção e de vestimentas estão entre os alvos de operação da Polícia Federal contra fraude no INSS. Foram cumpridos dez mandados de buscas de apreensão nos municípios de Pindoretama, Cascavel e Itaiçaba, nesta quinta-feira, 11. As informações são do chefe da Delegacia de Repressão a Crimes Previdenciários do Ceará, delegado da Polícia Federal Cláudio Carvalho.

Operação "Papili" ainda investiga crimes de lavagem de dinheiro, homicídios e ameaça. O grupo é formado por 20 pessoas, e os investigados devem prestar depoimento na sede da Polícia Federal, em Fortaleza, a partir da próxima semana. 

A investigação aponta que 20 benefícios previdenciários estavam liberados desde o ano de 2015 de forma fraudulenta.

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O grupo criminoso falsificava ou adquiria documentos de pessoas inexistentes, como certidão de nascimento, Cadastro de Pessoa Física (CPF) e RG. Em posse desse material, eles davam entrada no benefício de Amparo Social ao Idoso.

O prejuízo financeiro aos cofres públicos chega a R$ 6,6 milhões. 

Conforme o delegado da PF, os nomes dos envolvidos não seriam declinados, mas as atividades deles, por maioria, eram de abertura de empresas, a exemplo de comércio de material de construção e loja de roupas.

Fraude no INSS: vereador e empresários são suspeitos de envolvimento em esquema criminoso

O delegado Claudio Carvalho destaca a prática de agiotagem e o envolvimento de um político, vereador de Pindoretama, no grupo criminoso investigado por fraudes em benefícios previdenciários. 

A investigação levantou indícios de que os suspeitos teriam até 150 cartões magnéticos de benefícios do INSS, que são sacados mensalmente. Cada participante teria uma função na organização. 

Os mandados foram expedidos pela 11ª Vara da Justiça Federal, e a investigação da PF teve troca de informações com a Coordenação Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista (CGNT).

Se constatado o envolvimento na fraude no INSS, os investigados podem responder por organização criminosa, estelionato previdenciário, uso de documento falso, lavagem de dinheiro, com penas que chegam a 30 anos de prisão.

"O nome da operação, Papili, remete ao nome dado pelos investigados aos cartões magnéticos, que são provas das fraudes. As investigações continuam, com análise do material apreendido e fluxo financeiro dos suspeitos", informou a PF.

 

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