Acusado de chefiar "Escritório do Crime" tem nova condenação por assassinar mulheres no Cariri

Homem já tinha histórico criminal por outros quatro processos semelhantes, inclusive de homicídios a mulheres

Sérgio Brasil Rolim foi condenado a 32 anos de prisão pelo assassinato de duas jovens em Missão Velha, a 508 km de Fortaleza, no Cariri. Os crimes aconteceram em 13 de março de 2002. Na ocasião, as vítimas sofreram violência sexual e foram mortas por asfixia, em consequência de estrangulamento. A sentença foi proferida nessa sexta-feira, 25, em Barbalha, após nove horas de julgamento.

O julgamento ocorreu no auditório da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Caririe foi realizado no Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres. A sessão foi acompanhada pela Frente de Mulheres do Cariri e pela Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará.

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Rolim já tem condenação anterior a 118 anos de prisão por assassinatos em série no Cariri. Ele já cumpre pena em regime fechado. É apontado como líder da organização criminosa que ficou conhecida como "escritório do crime", com atuação na região e responsável pela morte de muitas mulheres, em alguns casos supostamente em queima de arquivo, por elas saberem da existência e atuação do grupo.

Nesta sexta, a nova condenação foi pelo crime de homicídio qualificado por motivo torpe. Algumas circunstâncias foram levadas em consideração para aumentar a pena: culpabilidade, já que foi comprovado que houve premeditação, e  personalidade, dado o nível de violência empregado contra as vítimas e o fato de haver mais quatro condenações por crimes em circunstâncias semelhantes.

De acordo com o Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), um terceiro agravante foram as circunstâncias do crime também foram fundamentais para o aumento de tempo da pena: as vítimas foram amarradas e amordaçadas antes de serem mortas.

O réu foi sentenciado a cumprir pena em regime inicialmente fechado pelos dois crimes de homicídio qualificado. A confissão espontânea do condenado foi considerada como elemento de prova pela acusação, e serviu como atenuante nas penas, que ficaram em 16 anos, cinco meses e quatro dias de reclusão para cada crime, que somam 32 anos, 10 meses e oito dias de reclusão.

Histórico criminal

Durante o processo de julgamento, também foi somado o fato de que o réu já foi condenado em mais quatro processos por crimes praticados em circunstâncias semelhantes, na Região do Cariri, incluindo homicídios de outras mulheres.

A violência e a repetição de crimes justificam o receio de que o acusado volte a cometer crimes graves caso seja colocado em liberdade, razão pela qual o juiz manteve a prisão preventiva. No julgamento, foi considerado que as ações denotam contornos de psicopatia (absoluta falta de empatia pelo próximo e pelos sentimentos da comunidade).

 

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