Praia do Futuro tem movimentação intensa neste domingo; frequentadores se dizem seguros com vacina

O POVO esteve no local e falou com frequentadores, que relataram sentir segurança por conta da vacinação contra a Covid-19

Pessoas sem máscaras e provocando uma movimentação intensa em barracas e na faixa de areia. Esse foi o cenário visto por quem passou na Praia do Futuro, em Fortaleza, na manhã deste domingo, 12. O POVO esteve no local e falou com frequentadores, que relataram sentir segurança por conta do avanço da vacinação contra a Covid-19. Contudo, medidas sanitárias ainda são necessárias e determinadas em decreto estadual.

Entre as pessoas que aproveitavam o dia de sol na praia está Alberico Pereira, 27 anos. O fortalezense preferiu ficar no espaço mais aberto do local por achar que nas barracas correria mais risco de contrair a doença pandêmica. "Não me sinto tão seguro, é que pelo menos já chegou a vacina, já deu uma acalmada", justificou o jovem, que já se vacinou com a primeira dose (D1) do imunizante.

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Para evitar a contaminação pelo vírus em seus espaços, as barracas de praia precisam cumprir medidas sanitárias determinadas por decreto estadual. Em documento atual, equipamentos desse porte no Estado podem funcionar das 8 horas à meia-noite, com limite máximo de 50% da capacidade. É necessário ainda o uso de utensílios como máscaras e a disponibilização de álcool gel.

O decreto também permite a ocupação de somente seis pessoas por cada mesa. No entanto, O POVO observou que algumas barracas descumpriam esse quantitativo. Também foi analisado que clientes não utilizavam máscara e que só garçons faziam uso da proteção no rosto. Em determinados equipamentos desse tipo a disponibilização de álcool gel ainda pareceu não ter acesso facilitado.

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Para a frequentadora Daiane, contudo, a barraca de praia em que estava a fez se sentir segura devido ao uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) por parte de garçons e demais medidas sanitárias adotadas. A turista de 35 anos mora do Rio Grande do Sul e está no litoral cearense a convite de amigos. 

Além da segurança em que sentiu na barraca e no hotel onde está hospedada, Daiane também contou que já se vacinou com a D1 e que isso a faz estar mais segura em viajar e sair para locais desse porte. "Por enquanto, além das medidas protetiva, de EPIs, álcool gel, a vacina é o que vai nos salvar a vida, é a nossa esperança", frisou a gaúcha.

Mesmo com o andamento do processo de vacinação contra a doença e a queda nos índices pandêmicos, especialistas apontam que ainda é necessário utilizar máscara e EPIs para diminuir a circulação do vírus. Isso porque vacinas não têm 100% de proteção e pessoas podem se infectar novamente. Além disso, existem indivíduos assintomáticos - que podem transmitir a doença sem saber.

Setor espera diminuição das restrições 

Para Taiene Righetto, presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no Ceará (Abrasel-CE), o retorno das pessoas às barracas de praia não está ainda melhor por conta das restrições ainda em vigor, como a limitação de seis pessoas por mesa e capacidade máxima de 50% nos estabelecimentos.

“Fortaleza é uma cidade turística e muitos desses turistas, por virem de locais onde as restrições são menores que as do Ceará, acabam não entendendo as regras, achando que isso é uma imposição do restaurante”, pontua.

A perspectiva do setor é que, nos próximos decretos, essas restrições diminuam ainda mais e contribuam para a volta do atendimento normal das barracas. “Temos tido um bom diálogo com o Governo do Estado e percebido empenho e vontade que as coisas voltem ao normal”, explica.

Righetto ainda afirma que a principal reivindicação do setor de barracas de praia é a permissão de pelo menos oito pessoas por mesa, além da ampliação do horário de funcionamento e o aumento da capacidade de público, hoje em 50%. Para as festas de fim de ano, a palavra de ordem do setor é "cautela".

"O réveillon ainda é uma incógnita. Todo mundo está se preparando, mas com o pé atrás, porque não sabemos como estará o cenário. Acreditamos que nesse ano poderemos realizar alguns eventos, mas ainda não sabemos como vai ser. Ainda estamos desenhando forma de acontecer, mas todos estão muito cautelosos, com receio de investirmos demais e precisarmos parar no meio do caminho", finaliza.

Confira imagens da movimentação:

 

Texto escrito em colaboração com o repórter Carlos Viana/ Com informações da repórter Fernanda Barros 

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