Antes da pandemia, 7,7% da população do Ceará não tinham acesso à rede de abastecimento de água em casa

Essa proporção era de 0,6% em Fortaleza. Essas casas não contavam com canalização de água em ao menos um cômodo do domicílio

Em 2019, no cenário pré-pandemia do coronavírus, 7,7% da população do Ceará morava em domicílios sem ligação à rede geral de abastecimento de água. A mesma proporção era de 0,6% em Fortaleza. Essas casas não contavam com canalização de água em ao menos um cômodo do domicílio, quando uma das ações mais importantes para prevenção da Covid-19 é a higiene adequada de mãos e objetos.

Os dados são dos Indicadores Sociais de Moradia no Contexto da Pré-Pandemia de Covid-19, divulgados nesta quarta-feira, 23, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A principal fonte do estudo é a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) 2019.

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Ainda segundo a pesquisa, 50,6% das pessoas do Estado residiam em domicílios com acesso ao abastecimento e estrutura de armazenamento de água e, em Fortaleza, esse percentual era de 70,3%.

Em situação intermediária, no Ceará, 27,4% eram pessoas em domicílios abastecidos pela rede geral, porém, sem estrutura de armazenamento ou sem abastecimento diário; nessa mesma realidade, 25,7% das casas na Capital.

Ainda sobre as condições de moradia, 5,4% da população cearense vivia em casas sem banheiro no período que antecede a pandemia. Essa condição era menor na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), onde 0,6% das pessoas viviam em domicílios sem banheiro.

A pesquisa revela também que 33,3% dos cearenses viviam em domicílios com mais de três pessoas por banheiro de uso exclusivo; para a RMF, a maior proporção de pessoas, 32,4% eram de domicílios com um até dois moradores.


Mais da metade da população do Ceará morava com quatro ou mais pessoas

 

Outro dado que pode evidenciar a dificuldade de manter isolamento social na pandemia de Covid-19 é o de adensamento familiar, ou seja, o número de pessoas por casa. No Ceará, 52,8% das pessoas viviam, em 2019, em domicílios com quatro ou mais moradores, enquanto na Capital essa proporção era um pouco menos da metade (49,3%) da população.

De acordo com o IBGE, a proporção de domicílios cearenses com seis ou mais moradores em 2019 era de 11,9% — o sétimo maior entre os estados do Nordeste. O Maranhão detinha o maior percentual da região, com 18%.

Além disso, 59,2% das pessoas viviam em domicílios com até dois moradores por dormitório e na Região Metropolitana de Fortaleza essa proporção era 59,5%.

Um em cada dez brasileiros vivia com mais de seis pessoas no domicílio

 

No Brasil, o Amapá 32,5%, assim como a região metropolitana (RM) de Macapá 32,4% e a capital, Macapá 32,0%, apresentaram as maiores proporções de domicílios com seis pessoas ou mais, em 2019. No total, 27% da população brasileira vivia em domicílios com três pessoas. Outros 9,8% da população brasileira residia em domicílios com seis ou mais moradores.

Esse indicador também está relacionado à cor ou raça e à renda dos moradores, conforme mostra o IBGE. A proporção de domicílios com seis ou mais moradores era 12,3% entre a população preta ou parda e 6,5% na população branca.

Entre a população que vivia na pobreza, com menos de US$ 5,50 por dia ou R$ 436 per capita por mês – medida adotada pelo Banco Mundial para identificar a pobreza em países em desenvolvimento como Brasil –, 22,0% residiam em domicílios com seis ou mais pessoas.

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