Criminosos cearenses mortos em operação no Rio foram localizados por vídeo de ostentação

Um vídeo que circulou nas redes sociais com a ostentação do grupo foi utilizado para localizar os suspeitos

Os chefes de facção atuante no tráfico de droga José Erasmo de Sousa Filho, 31, conhecido como "Bigode" e Carlos Menezes Bezerra, 41, o "Carlinhos",  foram mortos na noite desta nesta terça-feira, 6, durante confronto policial no Rio de Janeiro. Os dois eram foragidos da Justiça e eram vistos como alvos prioritários da Polícia Civil cearense, apontados como líderes do Comando Vermelho no Nordeste. Os dois também integravam a chamada “Tropa do Lampião" ou “Bonde do Fantasma”, um grupo de cearenses envolvidos no tráfico de drogas no Rio de Janeiro. Eles foram localizados após circulação de vídeo onde apareciam ostentando armas e fazendo ameaças.

A operação aconteceu no Complexo do Salgueiro, no Rio de Janeiro, após os alvos serem localizados por meio da cooperação entre a Polícia Civil do Ceará e a Polícia Civil do Rio de Janeiro. Durante a operação policial, houve troca de tiros e três suspeitos morreram, entre eles os dois chefes. Foram apreendidos dois fuzis, pistolas, diversos carregadores e centenas de munições, grande quantidade de tabletes de drogas e, ainda, vários trajes camuflados conhecidos como roupas “Ghillie”, utilizados pelos narcotraficantes para se esconderem em regiões de mata.

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José Erasmo é investigado pelos crimes que envolvem o tráfico de drogas. Enquanto atuava no Ceará, são atribuídos diversos crimes, entre eles, homicídios motivados pela disputa de território, principalmente no bairro Vicente Pizón, em Fortaleza. 

Já "Carlinhos" responde também por homicídios, roubo, tráfico de drogas, porte ilegal de armas, roubo e associação criminosa. A dupla foi para o Rio de Janeiro para tentar se estabelecer e aumentar a atuação para conquista de territórios cariocas. Pela posição de destaque na facção, Erasmo foi convidado para fazer parte da liderança da  “Tropa do Lampião" ou “Bonde do Fantasma”, um grupo de cearenses envolvidos no tráfico de drogas no Rio de Janeiro. Além deles, foi morto também no confronto Dalton Luiz Vieira Santana, vulgo DT, com envolvimento no narcotráfico e ser suspeito de ter assassinado e esquartejado Bianca Lourenço Silva, sua ex-namorada. 

Sérgio Pereira, delegado geral da Polícia Civil do Ceará contou, em coletiva realizada no fim da manhã desta quarta-feira, 7, na Superintendência da Polícia Civil, no Centro que, em fevereiro deste ano, foi realizada da Operação Guilhotina, que teve como objetivo localizar e prender lideranças do Ceará que estavam no estado do Pará. Durante a investida, que foi uma operação conjunta das polícias dos dois estados, foram apreendidos mais de sete toneladas de drogas. Segundo ele, parte da liderança atuava aqui e que havia fugido o Pará.

Nas investigações, ainda de acordo com Pereira, Erasmo e Carlinhos foram localizados no estado do Rio de Janeiro. Os dois estavam envolvidos, no Ceará, em homicídios, crimes contra o patrimônio e atuavam na linha de frente da quadrilha. Ao serem localizados no RJ, os dois reagiram à prisão e acabaram mortos pela polícia fluminense. “Vale destacar que a mensagem que nós temos que transmitir para esses bandidos é que eles não estão seguros, nem aqui, nem em qualquer outro estado. O fato ausentarem do Ceará para procurarem refúgio em outro estado, não reduz o nosso trabalho”, avisa.

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Ostentação em vídeos 

 

A localização dos suspeitos foi possível por meio de vídeos de ostentação postados em redes sociais por Erasmo. O vídeo contém imagens de uma grande quantidade de fuzis, pistolas e granadas, bem como com trajes camuflados, exaltando a organização criminosa e ameaçando dominar o Estado do Ceará e a cidade de Fortaleza. O vídeo viralizou nas mídias sociais e pelo WhatsApp nos últimos meses. Segundo a polícia cearense, o suspeito usava blusas de times cariocas, facilitando a identificação.

Os agentes cearenses investigavam o grupo que os dois criminosos cearenses atuavam já nas diligências da operação interestadual Guilhotina, realizada nos meses anteriores envolvendo a polícia paraense. A operação apreendeu 600 quilos de drogas, além de prender 16 pessoas, entre elas chefes da facção que tentavam fugir para não serem capturados. A ação teve como objetivo cumprir mandados de prisão e desarticular a rota do tráfico no Pará. 

As investigações desenvolvidas pela PCCE que levaram à localização dos alvos no Rio de Janeiro foram realizadas pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) e pelos Departamentos de Inteligência (DIP) e de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) em parceria com as forças policiais do Rio de Janeiro. Os agentes usaram carros blindados e aeronaves para realizar a ação, sendo recebidos a tiros. Os suspeitos também se esconderam em casas na região, além da mata e do mangue na localidade.

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