Tonelada de droga apreendida no Pará teria como destino o Ceará

A apreensão é um desdobramento da prisão de dois cearenses, chefes de uma facção criminosa

O Ceará seria o destino de mais de uma tonelada de substância com características semelhantes à cocaína e pedras de oxi apreendida por policiais civis e militares do Pará no último sábado, 20. Os automóveis onde o material, separado em mais de mil tabletes, foi encontrado, estão diretamente ligados a dois cearenses, chefes de facção criminosa identificada como Comando Vermelho (CV), presos na última terça-feira, 16, no Estado do Pará. 

A ação resulta do desdobramento das investigações da Operação Guilhotina, deflagrada pela Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) na terça-feira, 16. Foram encontradas documentação de compra e venda do sítio  onde foi encontrada a droga, e de um carro, registrado em nome de laranjas, no apartamento em que os suspeitos foram presos.

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A ligação da droga com os suspeitos presos foi confirmada durante coletiva de imprensa na manhã desta segunda-feira, 22, pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará (SSPDS). A Operação Guilhotina, organizada por meio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), tem como objetivo desarticular criminosos apontados como chefes de um coletivo criminoso atuante no Ceará.

"No sábado (20) houve mais um desdobramento da Operação Guilhotina e, nessa oportunidade, a Polícia Civil do estado do Pará conseguiu encontrar um sítio supostamente utilizado pelos membros desse grupo criminoso que atuavam aqui no Ceará mais de uma tonelada de droga, entre cocaína e pedra oxi" informa o delegado Harley Filho, titular da Delegacia de Combate às Ações Criminosas Organizadas (Draco).

Na última terça, 16, pessoas foram capturadas e os agentes apreenderam 633 quilos de cocaína e crack, além de R$ 75 mil, no Ceará e no Pará. Entre os detidos nesta ação, estão dois homens indicados como chefes dessa organização oriunda do Rio de Janeiro com atuação criminal em território cearense. Os dois cearenses foram presos em um apartamento de luxo, em Belém (PA). O nome dos suspeitos não foram divulgados pela Polícia.

Segundo as investigações, a dupla de cearenses estava na capital carioca e se mudou para Belém do Pará no mês janeiro. A suspeita é de que os dois tentavam se estabelecer no Pará por considerar a região “neutra”, visto que a dupla não era procurada no estado.

Com as prisões realizadas na terça, 16, subiu para 25 o número de integrantes do grupo criminoso que se encontram presos.

As duas lideranças saíram do Rio de Janeiro no dia 24 de janeiro e chegaram dia 26 ao Pará, com o objetivo, segundo o delegado Harley Filho, de estabelecer território no estado paraense. "Eles têm uma atuação aqui no estado do Ceará e também estão tentando controlar uma comunidade no Rio de Janeiro após uma tomada de território por facções rivais", diz. Por conta do agravamento dessa guerra, ainda de acordo com o delegado, os cearenses resolveram fugir para o Pará, que era um local neutro e, dessa forma, poderiam controlar a aquisição de drogas e a respectiva remessas para o Ceará

Colaboração

 

A unidade especializada da Polícia Civil do Ceará mantém um número de WhatsApp para receber denúncias de ações criminosas em todo o Estado. A população pode enviar mensagens de texto, áudios, fotos e vídeos para o número (85) 98969-0182. O sigilo e o anonimato são garantidos.

 

Com informações da repórter Angélica Feitosa


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