Campanha Cirurgia Segura alerta para cuidados com pacientes antes, durante e após intervenções médicas
A campanha online ocorre por meio do Instagram, onde profissionais de saúde divulgam informações e tiram dúvidas de pacientes e outros profissionais, em relação aos cuidados pré e pós-operatórios
A Campanha Cirurgia Segura promove o debate sobre cuidados com pacientes antes, durante e após procedimentos operatórios. A programação online e gratuita foi idealizada pelo médico Leonardo Bezerra, especialista em cirurgia ginecológica. Ela será realizada por meio da plataforma Instagram, até a quinta-feira, 24, com foco em profissionais de saúde e pacientes que tenham dúvidas sobre o assunto.
A iniciativa, segundo o médico, conta com a participação de diversos profissionais da área da Saúde, que estarão compartilhando informações e tira-dúvidas em suas próprias redes sociais. A ideia é alcançar o maior número de pessoas, de forma a conscientizá-las sobre os cuidados preventivos nas diversas cirurgias, eletivas e de urgência, sobretudo neste período de pandemia, quando as medidas para realização segura de procedimentos operatórios foram redobradas.
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Assine"Toda cirurgia envolve um risco", afirma Leonardo. O cirurgião esclarece que, nos processos ginecológicos, por exemplo, o acompanhamento pré e pós operatório é tão importante quanto o próprio procedimento. Quando a intervenção é eletiva, as pacientes podem passar com tranquilidade por outros profissionais. A preparação vai do cuidado com a alimentação, implementação de hábitos mais saudáveis, até a perda de peso, entre outros.
Todos esses fatores ajudam a reduzir o tempo de recuperação do organismo, acrescenta Leonardo. O especialista lembra que, no Ceará, as cirurgias ainda estão sendo retomadas, de forma gradual, conforme a redução da taxa de contaminação e mortalidade da Covid-19. Apesar da suspensão de algumas atividades, cerca de 70% a 80% das operações já foram retomadas no Estado, destaca o médico.
Cirurgias são retomadas com protocolo de testagem RT-PCR
Os cronogramas operatórios das unidades de saúde foram revisados, de acordo com recomendações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Cada unidade deve considerar suas prioridades, tendo em vista os riscos de cada procedimento cirúrgico e os recursos disponíveis em cada hospital. O protocolo exige realização de exames de RT-PCR, que é o mais preciso na identificação do coronavírus, além de isolamento social.
Assim, conforme o médico Leonardo Bezerra, pacientes que testaram positivos para o novo coronavírus terão o procedimento adiado por pelo menos 15 a 20 dias, para tratamento da Covid-19. Se o exame der negativo, a orientação é para a quarentena prévia até o dia da cirurgia. O isolamento social também deve ser mantido antes e após o procedimento operatório, visto que é um período de maior vulnerabilidade para o paciente.
Cirurgias de emergência (que devem ser realizados dentro de uma hora) e urgência (com até 24 horas para a realização), terão prosseguimento mesmo em caso de contaminação do paciente pelo novo coronavírus. Já casos de urgência eletiva, quando a intervenção pode ser realizada em até duas semanas, e eletiva essencial, que deve ocorrer em período de 3 a 8 semanas, podem aguardar melhoria do quadro da Covid-19. Quando o procedimento é totalmente eletivo, médico e paciente podem definir o melhor período para realização da cirurgia, sem que isso ofereça riscos desnecessários à saúde.
Cuidados
“O paciente assina documento afirmando que vai ficar quarentenado”, complementa Leonardo. “No intra operatório, também redobramos muitos cuidados, principalmente na intubação, no momento que a anestesia é feita; então essa intubação do paciente é feita em ambiente isolado, só com o anestesista, utilizando máscaras [entre outros equipamentos]”, descreve o médico, lembrando que esses procedimentos já eram realizados antes da pandemia, mas tiveram uma atenção a mais, para evitar o risco de contaminação.
Outra ação que ganhou destaque em meio a pandemia foi o aumento do atendimento domiciliar e por telemedicina. “Quando se aproxima do período de realização do procedimento, a consulta pré-anestésica e de enfermagem pré-operatória tiram dúvidas do paciente e preparam os profissionais”, afirma Leonardo. Nas atividades pré-operatórias, os profissionais buscam dar orientações e acolhimento aos pacientes.
Após a intervenção médica, também são realizadas visitas domiciliares para troca de curativos, por exemplo; e acompanhamento com prescrição de medicamentos, dietas ou exercícios para alívio de dores e tratamento seguro. Esses são alguns dos procedimentos elencados pelo cirurgião, como medidas para evitar complicações. “O diferencial é ter uma equipe multiprofissional integrada, chefiada por um cirurgião, com a participação essencial da enfermagem - que cuida de todos os protocolos”, finaliza Leonardo Bezerra.
Sobre o Dr. Leonardo Bezerra
Especialista em Cirurgia Robótica, Laparoscopia Ginecológica, Uroginecologia, Dor Pélvica e Endometriose. Formado em medicina pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Leonardo Bezerra tem mestrado e doutorado em ginecologia pela Universidade Federal de São Paulo (USP).
O especialista é professor adjunto de ginecologia e obstetrícia da Universidade Federal do Ceará (UFC), supervisor da residência médica de Endoscopia Ginecológica da Maternidade Escola Assis Chateaubriand (MEAC) da UFC, orientador e membro do Colegiado do Mestrado e Doutorado em Cirurgia também da mesma Universidade.
Serviço
Campanha “Cirurgia Segura”
Onde: Instagram @drleonardobezerragineco
Quando: De 20 a 24 de setembro