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#exposedfortal: MPCE apreende material de quatro suspeitos de crimes sexuais

Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão, três deles em Fortaleza e um em Pacajus. Notebook, tablets, celulares e computadores serão enviados à perícia. Investigação do MPCE começou por meio da hashtag #exposedfortal
15:00 | Jul. 21, 2020
Autor Angélica Feitosa
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Tipo Notícia

O Ministério Público do Ceará (MPCE) cumpriu, na manhã desta segunda-feira, 20, quatro mandados de busca e apreensão, três deles em Fortaleza e um na cidade de Pacajus, na Região Metropolitana, de material com suspeitos de crimes sexuais. As denúncias começaram a ser investigadas pelo MPCE por meio da hashtag #exposedfortal, usada nas redes sociais para denúncias de situações de abuso e exploração sexual, de início, por estudantes da rede particular e, em seguida, recebeu adesão de alunas das escolas públicas. Batizada de Operação Indiscretos, a ação apreendeu computadores, notebooks, tablets e celulares. O material será enviado à Perícia Forense do Ceará (Pefoce).

A maior parte do material apreendido  era composto por “nudes”, ou seja, fotos de mulheres nuas. Desde o dia 23 de junho o MPCE está trabalhando em casos do tipo. De acordo com a promotora de Justiça Joseana França, coordenadora do Núcleo de Atendimento às Vítimas de Violência (Nuavv), as diligências são resultados das investigações por meio das hashtags. Cada um dos casos será analisado individualmente e, segundo França, as investigações continuam. “O MPCE faz primeiro o acolhimento da vítima com equipe multidisciplinar para só então instaurar o Procedimento de Investigação Criminal. O material será periciado e o objetivo é adquirir provas”, informa.

O MPCE, por determinação do procurador-geral de Justiça Manuel Pinheiro, montou uma força-tarefa para investigar os casos de crimes sexuais denunciados por vítimas de todo o Estado nas redes sociais. A instituição tem feito um trabalho de acolhimento e apoio psicossocial às pessoas que sofreram os abusos. O caso conhecido como “exposed”, por conta da exposição de fotos e vídeos íntimos sem consentimento na internet, avançou na investigação de outros crimes sexuais, como assédios supostamente cometidos por professores de escolas e faculdades públicas e privadas contra alunas e alunos.

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Além das promotorias de Justiça de várias comarcas, especialmente de Fortaleza, Juazeiro do Norte, Iguatu e Sobral, o Ministério Público vem atuando nesse caso por meio do Núcleo de Investigação Criminal (Nuinc), do Núcleo de Atendimento às Vítimas de Violência (Nuavv) e do Centro de Apoio Operacional da Infância, Juventude e Educação (Caopije). Apesar do esforço, os promotores de Justiça têm encontrado dificuldade nas investigações porque as vítimas ainda se mostram resistentes a registrar as denúncias. Para isso, o MPCE criou o e-mail dignidadesexual@mpce.mp.br para que elas façam o primeiro contato com a instituição.

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