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Estudantes da UFC fazem manifestação contra falta de representação estudantil no Consuni

Ato durou cerca de uma hora, no cruzamento entre da av. 13 de Maio com Avenida da Universidade
13:46 | Jul. 20, 2020
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Estudantes da Universidade Federal do Ceará (UFC) realizaram, na manhã desta segunda-feira, 20, uma manifestação contra o retorno das aulas remotas e pela falta de representação estudantil no Conselho Universitário (Consuni). O ato teve início às 9 horas, com concentração na Reitoria da UFC, localizada no cruzamento da avenida 13 de Maio com Avenida da Universidade.

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A manifestação ocorre no mesmo dia em que algumas aulas retornam de forma virtual. De acordo com Stefany Tavares, 21 anos, estudante de pedagogia e membro do Diretório Central dos Estudantes (DCE), o intuito é expôr para a sociedade a insatisfação com o modo que a reitoria tem conduzido esse processo de retomada das atividades, principalmente o Plano Pedagógico de Emergência (PPE). "O PPE foi construído sem a participação dos estudantes e aprovado no conselho de ensino, pesquisa e extensão sem nossa participação", afirma.

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"Queria relembrar um fato que aconteceu em agosto do ano passado, quando Cândido Albuquerque foi nomeado para reitor pelo Governo Federal. Ocupamos este cruzamento com vários estudantes que diziam: 'Fora, interventor'", lembra a estudante. "A minoria que ele dizia que era oposição a ele lotou esse cruzamento e fizemos caminhada até o IFCE".

Ela destaca que a adesão nas manifestações passadas sustentam que grande parte dos alunos não concorda com decisões do reitor, a exemplo do retorno às aulas de forma remota. "Hoje marca 60 dias que estamos sem representantes no Conselho Universitário porque o reitor se nega a dar posse aos representantes eleitos pelos estudantes da UFC", aponta.

"Representamos vários estudantes que querem que os conselheiros discentes sejam passados nos conselhos universitários, e também representando os vários estudantes que não têm condições de ter aula no meio da pandemia e a Reitoria insiste de colocar esse modelo na Universidade. Não existem condições plenamente", continua a universitária. 

O POVO questionou a UFC sobre as reivindicações feitas pelos estudantes na manifestação. Segue a nota enviada à Redação:

"O Plano Pedagógico de Emergência (PPE) foi elaborado a partir da mobilização de todos os segmentos da comunidade acadêmica, os quais integraram o grupo de trabalho que o desenvolveu, com vistas à conclusão do semestre 2020.1 nos cursos de graduação, de pós-graduação e nas Casas de Cultura Estrangeira. O percurso desde a concepção à finalização do documento contou com reuniões técnicas sistemáticas, envolvendo diversos setores da UFC, inclusive o estudantil.

Para possibilitar que estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica possam acompanhar as atividades remotas a partir da implementação do PPE, a UFC abriu dois processos seletivos para a distribuição de quase 6 mil chips de Internet móvel. Os chips (3G/4G), que começaram a ser entregues nesta segunda-feira (20), terão 20 GB de dados de Internet por mês, com validade de julho a dezembro deste ano.

Além disso, a UFC está disponibilizando laboratórios de informática com computadores aos estudantes que não possuam equipamentos compatíveis e optem por assistir às aulas remotas nas dependências da Universidade, com uso sujeito às diretrizes de biossegurança definidas pelo Ministério da Educação e pelas autoridades sanitárias. Na semana passada, inclusive, a inicia entrega de novos computadores para unidades acadêmicas da Capital e do Interior.

Reiteramos que nenhum aluno será prejudicado por não ter conseguido participar de atividades remotas durante a suspensão das atividades presenciais.Se, mesmo assim, o estudante não se adaptar ao modelo remoto de aprendizagem, ele poderá realizar o procedimento de supressão de disciplinas do semestre letivo 2020.1, sem prejuízo ao Índice de Rendimento Acadêmico (IRA) ou ao tempo de conclusão do curso. No entanto, é importante lembrar que, após homologada pela coordenação de curso, a supressão é um procedimento irreversível. A Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) definiu um prazo extenso, até 22 de outubro, justamente para evitar que os estudantes tomem essa decisão de maneira precipitada. No link a seguir ha mais detalhes sobre a supressão de disciplinas".

 

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