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Mandante dos assassinatos de Gegê e Paca chega ao Brasil e ficará em Penitenciária Federal

Fuminho foi extraditado ao Brasil na tarde deste domingo, 19, e teve a inclusão realizada no presídio quando chegou ao País. Ele é acusado de liderar, em abril de 2018, os assassinatos de Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, e Fabiano Alves de Sousa, o Paca
12:54 | Abr. 20, 2020
Autor Angélica Feitosa
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Tipo Notícia

Um dos criminosos mais procurados do País, Gilberto Gilberto Aparecido dos Santos, 49, o "Fuminho" ficará detido na Penitenciária Federal de Catanduva, no Paraná, após ser preso em Moçambique, na África. Ele é acusado de liderar, em abril de 2018, os assassinatos de Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, e Fabiano Alves de Sousa, o Paca. Integrantes da facção Primeiro Comando da Capital (PCC), eles foram mortos em terreno de uma reserva indígena no município de Aquiraz, no Ceará. 

Fuminho foi extraditado ao Brasil na tarde deste domingo, 19, e teve a inclusão realizada no presídio quando chegou ao País. Segundo a Polícia Federal, informações sobre transferências ou movimentação dos presos do Sistema Penitenciário Federal (SPF) são mantidas em sigilo com o objetivo de manter a segurança das operações. 


O detento foi preso no último dia 13 de abril no país africado e estava foragido há mais de 20 anos, e é indicado como braço direito do número um do Primeiro Comando da Capital (PCC), Marcos William Herbas Camacho, o Marcola.

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Segundo a Polícia Federal, havia uma “difusão vermelha”, que é o nome dado ao mandado de prisão internacional difundido pela Interpol contra Fuminho. Mas, por conta de ele estar usando documentos falsos, a determinação judicial ainda não havia sido cumprida. A PF passou a monitorar todos os passos do procurado há cerca de dois anos, tempo que ele passou por países da América Latina e África. Após ser encontrado em Moçambique, a PF contou com o auxílio do Departamento de Justiça dos Estados Unidos e com a Polícia de Moçambique.

Além do mandado de prisão internacional, Fuminho também foi preso em flagrante portando pequena quantidade de drogas e documento falso. As autoridades brasileiras começaram a estabelecer os contatos com a justiça de Moçambique para pedir a extradição ou expulsão do procurado para que ele responda pelas condenações que já tem no Brasil. Segundo a Polícia Federal, a ação para prender Fuminho foi considerada uma “megaoperação internacional”, com participação do Itamaraty, do departamento antidrogas dos Estados Unidos (DEA), do Departamento de Justiça americano e do Departamento de Polícia de Moçambique.


O Ministério da Justiça aponta que Fuminho fugiu da prisão em 1998 para o Paraguai. Ele é apontado ainda como um dos responsáveis pela logística do plano de fuga de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, maior líder do PCC, da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, em 2014.

Gegê do Mangue e Paca


'Gegê do Mangue' era uma liderança do PCC, logo abaixo de 'Marcola', e 'Paca', o braço direito de 'Gegê'. A dupla foi alvo de uma emboscada, com uso de helicóptero, e morta a tiros em terreno de uma reserva indígena de Aquiraz, no dia 15 de fevereiro de 2018. Um bilhete, encontrado dias depois na Penitenciária Maurício Henrique de Guimarães, a P2, em Presidente Venceslau, São Paulo, começou a desvendar o crime.


O texto trazia a revelação, feita por Wagner Ferreira da Silva, o Cabelo Duro, de que Fuminho tinha ordenado a morte dos antigos comparsas, que "estavam roubando", referindo-se a um suposto desvio de dinheiro do PCC para uma vida de luxo que eles levavam no Ceará. Uma semana depois do duplo homicídio, Cabelo Duro - que seria um dos autores do crime - foi executado em frente a um hotel em São Paulo.

 

Fuminho na prisão

Nos primeiros 20 dias, Fuminho ficará no período de triagem, onde ele passa por atendimentos com uma equipe multidisciplinar com médicos, psiquiatras, psicólogos, dentista, enfermeiros, assistente social e demais setores.


Ele conhecerá seus deveres e direitos dentro do Sistema Penitenciário Federal, tomando ciência da legislação. A inclusão serve como período de adaptação e o interno não terá direito à visita. Somente dos advogados. A cela do isolamento tem aproximadamente 9m² e nela há espaço para banho de sol individualizado.


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