Três CACs com registros cancelados são presos por porte ilegal de armas no Cariri

Suspeitos foram alvos de uma operação da Polícia Civil do Ceará (PC-CE) em Juazeiro do Norte, Crato e Várzea Alegre. Ao todo, 14 armas foram apreendidas e mais mil munições

15:43 | Nov. 27, 2025

Por: Mirla Nobre
Foram apreendidas14 armas e mais de mil munições durante operação da PC-CE no Cariri (foto: Divulgação/PC-CE)

Três atiradores desportivos (CACs) com registros cancelados por inidoneidade foram presos em flagrante por porte ilegal de arma de fogo na região do Cariri. Os suspeitos foram capturados durante cumprimento de 11 mandados de busca e apreensão na operação “Cancellatus”, da Polícia Civil do Ceará (PC-CE), em Juazeiro do Norte, Crato e Várzea Alegre.

A operação mirou sete atiradores que estavam com os registros cancelados e que mantinham a suspeita de posse ilegal de arma de fogo mesmo com a proibição. A investigação teve início após uma troca de informações do setor de Inteligência da Delegacia de Combate às Ações Criminosas Organizadas (Draco-Sul) e o Desarme.

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Os mandados foram cumpridos nas residências dos suspeitos. Ao todo, 14 armas, entre revólveres e espingardas, foram apreendidas na operação, além de mais de mil munições. A investigação apontou que o objetivo da operação era evitar que o material caísse nas mãos de facções criminosas, evitando o tráfico ilegal de armamento.

De acordo com o delegado Robeilton Amorim, titular da Draco-Sul, a partir do momento que o registro é cancelado, a posse das armas passa a ser ilegal. “Foi encontrado, por exemplo, munições incompatíveis com informações repassadas de aquisição”, disse o delegado. Em um dos casos, um salvo tinha quantidade de munição acima do informado pelo Exército.

A fiscalização dos registros de Colecionadores, Atiradores Desportivos e Caçadores (CACs) é monitorada pelo Exército Brasileiro. No entanto, está sendo transferida para a Polícia Federal (PF), que, conforme a PC-CE, auxiliou na investigação dos alvos.

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Os suspeitos presos possuem 40, 60 e 64 anos de idade e foram presos após armazenar armas em casa. Eles foram conduzidos à unidade da PC-CE e autuados em flagrante pelo crime de posse ilegal de arma de fogo. Em seguida, o trio foi colocado à disposição da Justiça.

O delegado titular da Draco-Sul Robeilton Amorim informou que as investigações seguem para apurar o envolvimento dos alvos com organizações criminosas a partir de celulares também apreendidos na operação.