Advogado agride médico após briga entre crianças
O médico afirmou que o filho teria sido empurrado por outras três crianças e que tentou conversar com Rodolfo, que é pai de uma delas. Caso foi registrado como lesão corporal
19:40 | Dez. 26, 2025
Um advogado, identificado como Rodolfo Ramos Caiado, agrediu um médico após seus filhos discutirem, em um condomínio em Goiânia (GO). Caso aconteceu na segunda-feira, 22, após os filhos de ambos brigarem durante uma partida de futebol na quadra do prédio.
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Caso foi registrado como lesão corporal e Polícia Civil está investigando
Durante a discussão, o advogado aponta o dedo várias vezes para o médico e, em seguida, desfere uma sequência de socos no rosto dele.
A vítima tenta se proteger da agressão com os braços. Em seguida, o homem sai andando da área de lazer.
Conforme o portal G1, Rodolfo alegou que o vídeo teria sido espalhado "com intenção política", por ser sobrinho do governador Ronaldo Caiado (União Brasil).
No registro policial, o médico afirmou que o filho de 7 anos teria sido empurrado por outras três crianças e que tentou conversar com Rodolfo, que é pai de uma delas.
Momentos depois, os dois acabam se encontrando na área comum do prédio, onde houve a discussão e agressões.
Ao G1, o médico afirmou que sua reação foi motivada pelo medo de que algo acontecesse ao filho: "Eu só disse aos meus filhos para se afastarem e falei: ‘vamos subir, o filhinho de papai está aí’. Eu não chamei o filho dele de covarde, apenas que era uma covardia três meninos irem para cima de um menor", explicou ao portal.
Segundo ele, Rodolfo estava alterado e teria ido até a área da piscina e questionado o que o médico havia dito. Sem revidar, a vítima foi agredida.
“Ele chegou muito nervoso, me cercou e começou a me agredir. Eu só gritava para meus filhos correrem. Meus filhos estão com medo de descer para brincar. Ficaram apavorados com a cena toda", conta.
Advogado negou versão de médico
Rodolfo negou ter iniciado a agressão e afirmou que apenas reagiu à “intimidação” contra seu filho de 8 anos.
Ao G1, ele afirma que o médico teria ido até o menino e o insultado chamando-o de “filhinho de papai” e “veadinho”, além de insinuar que cuidaria dele caso o pai não desse conta. O médico nega que tenha feito ofensas homofóbicas à criança.
“Eu falei que homem fala com homem, não com criança. Ele repetia as provocações, chegou a ameaçar dizendo que ‘cuidaria’ do meu filho. Quando ele voltou a me insultar, eu reagi”, relatou Rodolfo.
A Polícia Civil de Goiás (PC-GO) informou que o caso foi registrado como lesão corporal na 8ª Delegacia de Polícia. Segundo a corporação, o exame de corpo de delito já foi solicitado e o laudo está em andamento.
A vítima foi orientada a representar criminalmente contra Rodolfo para que a investigação tenha prosseguimento. A polícia deve ouvir moradores e testemunhas do condomínio para esclarecer todos os fatos, incluindo se havia ou não arma de fogo no momento da agressão.