Pernambuco: jovem confessa assassinato do pai para ter acesso à herança
O crime aconteceu no último dia 20, em Cabo de Santo Agostinho
Uma jovem de 19 anos foi presa pela Polícia Civil de Pernambuco após confessar ter encomendado a morte de seu pai para ter acesso à sua herança, estimada em R$ 2 milhões. A ocorrência aconteceu no último dia 20 de junho, na cidade do Cabo de Santo Agostinho.
O caminhoneiro de 60 anos, identificado como Ayres Botrel, foi morto enquanto dormia em sua residência, na praia de Enseada dos Corais. Amanda Chagas Botrel foi presa seis dias após o crime, na quinta-feira, 26, depois de cair em contradição em seus depoimentos.
É + que streaming. É arte, cultura e história.
Conforme a Polícia informou ao portal Metrópoles, a primeira versão do depoimento da jovem trazia a informação de que seu pai fora assassinado por dois homens armados, que ordenaram que ela ficasse calada.
Leia também | Pai de Juliana Marins cita Belchior e fala de viagens da família
Porém, imagens de câmeras de segurança apontaram que apenas o carro da jovem entrou e saiu do local no dia do ocorrido, sem a presença de outras pessoas pelas proximidades. Com as contradições, ela confessou a autoria do crime.
A delegada responsável pelo caso, Myrthor Freitas, disse que a jovem teria facilitada a entrada dos criminosos no local, e que a principal suspeita é que a motivação seja financeira, já que seu pai era dono de um caminhão, imóveis e outras posses que podem somar até R$ 2 milhões. Amanda já possuía um duplex em seu nome.
Com a prisão, ela passou por audiência de custódia e foi levada para a Colônia Penal Feminina em Iputinga, Zona Oeste do Recife, onde responde por homicídio qualificado.
A delegada disse ainda que Amanda tinha uma boa relação com os pais e morava com eles. O depoimento da mãe de Amanda disse que a filha tinha uma vida estável, cursava faculdade e não passava necessidade. Ainda assim, conforme as investigações, Amanda decidiu encomendar a morte do pai.
Leia também | Brasil adere a declaração sobre direitos da população LGBTQIA+
As suspeitas aumentaram porque Amanda demorou muito tempo para pedir ajuda, ligando para a mãe aproximadamente 15 minutos após os disparos. A ligação foi registrada no restaurante onde sua mãe trabalhava, e a Polícia cruzou o horário das imagens com as câmeras da rua.
O titular da 14ª Delegacia de Homicídios, Rodrigo Belo, disse que Amanda foi fria ao confessar o crime e não reagiu ao ser informada de sua prisão. Ainda conforme o delegado, o crime foi premeditado. Agora, as investigações seguem para que os executores sejam identificados, além de saber se existem outros envolvidos.