Ceará está entre os estados com alta nas hospitalizações por influenza

Ceará está entre os estados com alta nas hospitalizações por influenza

Boletim InfoGripe, da Fiocruz, aponta crescimento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave em 13 estados e reforça importância da vacinação

O Ceará está entre os 13 estados brasileiros que apresentam crescimento nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), segundo o boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado na quinta-feira, 8.

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O relatório, referente à Semana Epidemiológica 18 (27 de abril a 3 de maio), indica uma tendência de alta nos registros de internações por doenças respiratórias, com destaque para a influenza, especialmente entre jovens, adultos e idosos.

Além do Ceará, a elevação nos casos de SRAG também foi observada em estados como Amapá, Bahia, Pará, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, entre outros. A Fiocruz classifica a situação dessas unidades federativas como de alerta, risco ou alto risco. Em algumas regiões, a taxa de internações por influenza já atinge níveis moderados a elevados.

Segundo a pesquisadora Marilda Portella, da Fiocruz, o aumento da circulação viral neste período pode estar relacionado às mudanças de clima e ao relaxamento de medidas preventivas. "Recomendamos o uso de máscaras em ambientes fechados e com aglomerações, além do isolamento em caso de sintomas gripais. E acima de tudo, que as pessoas dos grupos prioritários se vacinem contra a influenza o quanto antes", destaca.

Casos em crianças pequenas preocupam, mas começam a estabilizar

Outro ponto de atenção do boletim é o impacto do vírus sincicial respiratório (VSR), principalmente em crianças de até 2 anos. Embora ainda em patamares elevados, os casos associados ao VSR começam a apresentar sinais de desaceleração em algumas regiões, especialmente no Centro-Oeste, onde os registros começaram a subir ainda no final de fevereiro.

Um padrão semelhante também foi notado em alguns estados das regiões Norte, Nordeste e Sudeste.

Apesar dessa possível estabilização, os números ainda exigem cautela. Em crianças e adolescentes de 2 a 14 anos, o total de novos casos segue em queda. No entanto, entre jovens, adultos e idosos, os casos de SRAG continuam em crescimento, com a influenza e a Covid-19 figurando entre os principais agentes virais.

Covid-19 segue como causa de morte relevante entre idosos 

Embora os casos graves de Covid-19 estejam em baixa em comparação aos picos anteriores da pandemia, o vírus Sars-CoV-2 continua sendo a principal causa de mortalidade por SRAG entre os idosos no Brasil, seguido de perto pela influenza A.

A combinação de vírus respiratórios circulando simultaneamente tem elevado a ocupação hospitalar e exigido maior atenção do sistema de saúde.

Números nacionais

No acumulado do ano epidemiológico de 2025, já foram notificados 50.090 casos de SRAG no País, dos quais 44,4% (22.235) tiveram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório.

Dentre esses, 40,4% foram causados por vírus sincicial respiratório, 27,2% por rinovírus, 18,6% por Sars-CoV-2, 13% por influenza A e 1,5% por influenza B.

Nas últimas quatro semanas, a predominância do vírus sincicial respiratório ficou ainda mais evidente, representando 55,7% dos casos positivos. Já a influenza A respondeu por 26,7% das infecções confirmadas, e a Covid-19, por 3%.

Quando analisados os óbitos, a influenza A esteve presente em mais da metade dos casos, com 56,1% das amostras positivas, seguida pela Covid-19 (18%) e pelo vírus sincicial (12,9%).

Capitais em estado de alerta

Quatorze capitais brasileiras também apresentaram tendência de crescimento nas internações por SRAG, entre elas Belém, Belo Horizonte, Brasília, Macapá, Natal, São Paulo, Salvador e Rio de Janeiro. A análise de longo prazo mostra que o número de casos tende a continuar subindo nas próximas semanas nessas localidades.

A Fiocruz reforça a importância da vacinação contra a gripe, especialmente para os grupos mais vulneráveis, como crianças pequenas, idosos, gestantes, puérperas e pessoas com comorbidades. A instituição também recomenda que, diante de sintomas gripais, a população evite sair de casa e, se necessário, utilize máscara para evitar a transmissão dos vírus.

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