Universitárias que ironizaram colega por ter mais de 40 anos desistem da graduação
Advogado de uma das três acusadas de praticar etarismo revelou ser impossível sair na rua depois da viralização das falas
Três estudantes envolvidas em ato de etarismo — discriminação e preconceito contra pessoas com idade avançada, também conhecido como ageísmo ou idadismo — solicitaram o trancamento do curso de Biomedicina na Unisagrado, em Bauru, interior de São Paulo.
A afirmativa foi feita em nota à imprensa pelo advogado da aluna Giovana Cassalatti, Cesar Augusto da Silva, na manhã desta quinta-feira, 16.
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Segundo Cesar, “os fatos ganharam tamanha proporção que as jovens passaram a ser alvo de ameaças de morte e agressão, o que lhes impede de retomar suas vidas cotidianas. Trata-se, pois, de sequelas infinitamente maiores às, supostamente, impelidas a quaisquer dos personagens envolvidos no caso”.
“Jamais objetivou-se atentar contra a imagem ou qualquer outro direito da personalidade pertencente à personagem alvo das falas contidas no vídeo, que, por sua vez, sequer teve seu nome citado”, revelou um trecho do texto.
O advogado também esclareceu que o vídeo havia sido produzido apenas para os 15 “melhores amigos” de uma das jovens. No entanto, um dos integrantes do seleto grupo o lançou publicamente.
Íntegra no Instagram da aluna:
De acordo com informações divulgadas pela Unisagrado ao G1 Bauru e Marília, um processo disciplinar havia sido feito a fim de analisar a conduta das três jovens. Todavia, durante o trâmite, Giovana Cassalatti, Beatriz Pontes e Bárbara Calixto desistiram da graduação. Com a decisão, o processo perdeu o objeto e, por conta disto, foi finalizado.
Ao O POVO, a universidade informou que o caso segue sendo observado no âmbito institucional e, por questões éticas e morais, não informará nada a respeito. Mas assegurou que “todos os envolvidos, especialmente a vítima, estão sendo acolhidos e recebendo atenção máxima”.
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