Saiba mais sobre a carreira da juíza que negou interrupção da gravidez de menina estuprada

A juíza não faz mais parte do caso. Isso porque desde da última quarta-feira, 15, foi promovida para outra comarca

A juíza Joana Ribeiro ganhou notoriedade esta semana após expedir decisão que negava a interrupção da gravidez de uma menina de 11 anos, vítima de estupro, em Santa Catarina. Formada em Direito, a magistrada é especialista em Processo Civil e mestre em Direito pelo Programa de Mestrado Profissional em Direito da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).


Aos 43 anos, é servidora do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) desde 2004. Segundo o portal G1, Joana participa da Coordenadoria Estadual da Infância e da Juventude (Ceij), do TJSC, e é membro do Grupo de Pesquisa Núcleo de Estudos Jurídicos e Sociais da Criança e do Adolescente (Nejusca).

"O direito da criança e adolescência é a minha paixão. É a minha dedicação, meu carinho, meu amor, meu dinheiro, meu tempo, é tudo pra isso. Eu estudo para fazer o melhor possível. Então, dentre as circunstâncias, eu fiz o que era melhor possível", disse a juíza ao G1.

De acordo com o portal G1, Joana Ribeiro faz, na UFSC, Doutorado na área da primeira infância. Também é autora de livros sobre o tema e possui diversas publicações acadêmicas. São mais de 18 anos atuando com ações da Infância e Juventude, com passagens por juizados das cidades de Navegantes e Itajaí, no Litoral Norte catarinense.

"Vi amigos que ficaram órfãos, crianças que sofreram abandono, vivi isso na infância, e talvez isso tenha criado essa empatia muito grande com as crianças", relatou a juíza ao G1, explicando como se apaixonou pela temática da infância e juventude.

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Caso de estupro da criança de 11 anos

 

Em relação ao caso da menina estuprada e grávida aos 11 anos, Joana destaca que agiu de acordo com suas convicções e está preparada para possíveis consequências. Ela afirma ser muito bem preparada para tomar esse tipo de decisão. "Passo os finais de semana lendo. Tenho uma biblioteca caríssima, eu compro livros importados... Eu estudo para isso, para fazer um caso como esse", afirmou ao G1.

Agora, a juíza não faz mais parte do caso. Isso porque desde a última quarta-feira, 15, Joana foi promovida para outra comarca. Com a promoção, ela sai da área da Infância. Em nota, o TJSC comentou sobre a promoção.

“Trata-se de evento rotineiro na carreira, em que magistrados postulam periodicamente promoção ou remoção, as quais lhes são deferidas desde que atendam a requisitos legais. Faz-se importante estabelecer a linha do tempo para deixar claro que a referida promoção ocorreu no dia 15/6, enquanto que o conhecimento do fato alusivo ao mencionado processo pela Administração do TJSC, deu-se por matéria jornalística no dia 20/6”, diz.




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