Professor é afastado após usar roupa em alusão à Ku Klux Klan
A Secretaria Estadual da Educação de São Paulo afastou hoje, terça-feira, 21, um professor que foi visto usando vestimenta semelhante à do grupo supremacista branco Ku Klux Klan em festa de escola; entenda o caso
A Secretaria Estadual da Educação de São Paulo afastou hoje, terça-feira, 21, um professor que foi visto usando vestimenta semelhante à do grupo supremacista branco Ku Klux Klan (KKK). Sua aparição, na Escola Estadual Amaral Vagner, em Santo André, foi filmada por um aluno e viralizou nas redes sociais. Os trâmites para afastamento do professor foram iniciados pela pasta, que “não admite qualquer forma de discriminação e injúria racial”.
Uma comissão de averiguação dos fatos foi formada pela Diretoria de Ensino de Santo André. Conforme nota publicada pela Atlética da escola, o ocorrido foi registrado em 9 de dezembro último, na final da Semana Temática e da Olimpíada, em que alunos, professores e funcionários podiam escolher uma fantasia para participar de desfile. O portal Uol tentou contatar a escola, sem sucesso.
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“Um professor de história, sem o conhecimento do Grêmio, da Atlética, ou da escola, se vestiu com uma fantasia que fazia alusão ao grupo terrorista Ku Klux Klan. No mesmo instante que o professor adentrou a quadra, local onde ocorreria o desfile com tal vestimenta, foi vaiado e retirado da quadra pelos estudantes e membros do Grêmio e Atlética que estavam presentes na hora do ocorrido, tirando a fantasia e foi encaminhado a direção escolar”, escreveu a Atlética.
Em uma página no site da escola, o diretor e professor Wagner Luiz Bonifácio dos Santos se retratou, pedindo desculpa a “toda comunidade da escola e também a aqueles que possam se sentir ofendidos pelo traje usado por um de nossos professores em tal evento e esclarecemos que não compactuamos com nenhuma manifestação de incitação a discurso de ódio ou permitimos em nossa unidade escolar a apologia de segregação a qualquer tipo grupo étnico, crença, gênero ou classe social”.
No documento, o diretor afirmou que o professor em questão reconheceu sua “ação infeliz” e enviou uma carta à direção com um pedido formal de retratação, e se desculpou durante reunião no sábado, 18. A carta também pontuou a intenção da escola em se aprofundar na temática da educação étnico-racial. A instituição irá inserir “de forma gradual e contínua em nossos projetos permanentes” o tema da luta antirracista.