Agosto Verde: saiba como proteger seu cãozinho contra a leishmaniose

O Nordeste é uma das regiões do país que mais registra casos de calazar. Com cuidados simples, como a higiene do ambiente, a doença pode ser facilmente evitada.

O Agosto Verde marca a importância dos cuidados anuais contra a leishmaniose. A doença, popularmente conhecida como calazar, é um dos principais motivos para o sacrifício de cachorros em todo País. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil está entre os seis países que detêm 90% dos casos. Além de atingir os pets, a doença também pode representar perigo para os humanos.

As regiões Norte e Nordeste, além do interior de São Paulo e Mato Grosso do Sul, apresentam a maior quantidade de casos. A transmissão da leishmaniose acontece a partir da picada do Lutzomyia longipalpis, conhecido popularmente como Mosquito-palha, infectado pelo protozoário Leishmania chagasi. De acordo com Juliana Furtado, médica veterinária especialista no tratamento de pequenos animais e dermatologia veterinária, a doença não pode ser transmitida para os humanos por meio do contato direto com os cães infectados.

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“A mesma via de transmissão que acontece para os cães, acontece para os humanos. Então o mosquito é o principal vetor”, explica a especialista. Segundo Juliana, além do controle da vacina, a melhor forma de prevenir o calazar é a utilização de repelentes e inseticidas nos cães e a limpeza no ambiente para evitar a proliferação dos mosquitos, principalmente em quintais e áreas mais sujas.

Pet infectado?

 

O médico-veterinário é a melhor pessoa para identificar se o animal está com a doença, assim como para realizar os exames e apontar os cuidados preventivos. No entanto, se o tutor observar algum sintoma, é sinal de que é preciso levá-lo a uma clínica veterinária. “Serão feitos exames laboratoriais que podem ser desde sorologia, testes rápidos e, até mesmo, pulsão de medula óssea para diagnóstico através de PCR”, comenta Juliana Furtado.

São características do calazar problemas dermatológicos no cachorro - como pelagem falha e opaca, perda de pelo nas regiões do focinho, orelha e olhos - falta de apetite, sangramento nasal, anemia, apatia, vômitos e diarreia.

Tratamentos

 

Apesar de ser bastante comum, sacrificar o animal em caso positivo da doença não é a única opção. Segundo a médica veterinária, no entanto, apesar de haver tratamento para a doença nos cães, a prevenção ainda é a melhor forma de controle. “O veterinário tem como responsabilidade notificar os casos e orientar o cliente ao tratamento ou a opção de eutanásia. Hoje entendemos que a eutanásia nos animais com leishmaniose não diminui a quantidade de casos em humanos, então o cão não é o vetor mais importante”.

“Hoje o animal pode e deve ser tratado. Esse animal deve ser encoleirado e, ainda, deve frequentar o médico veterinário a cada seis meses para que se tenha um controle da doença”, explica a especialista. Ela reforça, no entanto, que os cuidados sanitários e com a higiene dos cãezinhos devem ser indispensáveis.

 

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