Número de matrículas em cursos a distância aumenta até 50% na pandemia

Levantamento também mostrou alta na evasão de alunos. A crise econômica do País e a dificuldade do estudante a se adaptar ao ensino remoto estão entre as justificativas

A pandemia da Covid-19 provocou diversos impactos na educação há mais de um ano. O cenário trouxe a emergência do isolamento social para evitar a proliferação do vírus, e, na educação, a saída foi introduzir a Educação a Distância (EaD). Dentre os impactos neste novo formato, foram observados o aumento de até 50% das matrículas em cursos de EaD durante a pandemia, assim como o aumento da evasão escolar. É o que mostra o levantamento “CensoEAD.BR”, da Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed), divulgado nessa terça-feira, 8.

Pesquisa realizada entre os dias 20 de março a 30 de abril contou com a participação de 51 instituições de ensino, sendo 78,43% das instituições do setor privado e 21,57% públicas. As entidades que integraram o levantamento são compostas por Instituições de Ensino Superior (IES), ensino fundamental e ensino Mmédio, além de ensino técnico e cursos livres. Ao todo, 19 estados brasileiros participaram do levantamento: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco, Santa Catarina, Ceará, Espírito Santo, Bahia, Rio Grande do Norte, Paraná, Paraíba, Mato Grosso do Sul, Goiás, Pará, Roraima, Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Amazonas e Alagoas.

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Apesar da alta nas matrículas dos cursos a distância no País no período de pandemia, cresceu a taxa de evasão para cursos nesse formato. A pesquisa mostra que para 37,3% das instituições a evasão se manteve, para 27,5% teve aumento em até 50%, e para 11,8% houve uma diminuição de até 50%.

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Para o estudante do curso de logística, da Faculdade CDL, Wesley Bezerra Nobre, 29, a principal dificuldade para acompanhar as aulas durante a pandemia foi a adaptação com o formato remoto. “Apesar de estar há mais de um ano no ensino remoto, ainda tenho dificuldade para manter uma rotina de estudos durante a semana. Parece ser muito mais cansativo ficar sentado na frente do notebook por mais de uma hora do que acompanhando as aulas no presencial. No começo, parecia ser mais prático. Acompanhar todas as aulas semanais ainda segue sendo um desafio”, comenta.

Conforme a pesquisa da Abed, para manter os alunos nos cursos, os descontos concedidos pelas instituições de ensino nos cursos a distância foram menores do que os de cursos presenciais no recorte de 21% a 50% das instituições que participaram da pesquisa: 15,7% para EAD e 17,6% para o presencial. As principais justificativas para a evasão e para solicitação de descontos foram a crise econômica do País (78,4%); a dificuldade do aluno a se adaptar ao ensino remoto (47%), falta de acesso dos alunos aos recursos, como internet (31,4%), inexperiência dos professores no formato (25%) e excesso de aulas síncronas (17%).

Resultados da pesquisa foram comentados no canal da Abed:

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