Protesto nacional em alusão à Abolição da Escravatura acontece nesta quinta-feira, 13

Cestas básicas e camélias serão distribuídas em comunidades periféricas, quilombolas, indígenas e ribeirinhas de todo o Brasil. O evento é organizado pela Frente Nacional Antirracista (FNA) em parceria com a Central Única das Favelas (CUFA)

Um protesto nacional em busca de melhorias para a população negra acontece nesta quinta-feira, 13 de maio (13/05), dia em que a assinatura da Lei Áurea completa 133 anos. Cestas básicas e camélias serão distribuídas em comunidades periféricas, quilombolas, indígenas e ribeirinhas de todo o Brasil. O evento é organizado pela Frente Nacional Antirracista (FNA) em parceria com a Central Única das Favelas (CUFA).

Os atos acontecerão simultaneamente em todos os estados brasileiros entre 10h e 12 horas. Apenas no Ceará, protestos adicionais serão realizados no quilombo Paiva, localizado no bairro Antônio Bezerra, a partir de 16 horas; e na Comunidade Quilombola do Cercadão, em Caucaia, a partir das 18 horas. Em todos os protestos, serão espalhadas camélias, flor que simboliza a luta abolicionista brasileira.

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No Rio de Janeiro, duas mil cestas básicas serão entregues a famílias da Favela do Jacarezinho, cenário de chacina que vitimizou 29 pessoas no último dia 6. “Esse ato no Jacarezinho é simbólico por tudo o que aconteceu. Mas levaremos cestas básicas para negros de todo o Brasil, e mostrar que a sociedade ainda deve para nós, negros, muita reparação”, diz Anna Karla Pereira, coordenadora da FNA.

“Escolhemos fazer nossas ações em comunidades quilombolas, ribeirinhas e em favelas, porque são espaços que, historicamente, simbolizam a exclusão. E é a partir desses lugares que acreditamos que devem vir as saídas dos impasses que atrasam o Brasil”, complementa Priscilla França, representante da Educafro, instituição que busca a inclusão de estudantes negros no ambiente universitário.

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O FNA também elaborou um manifesto que denuncia o desenvolvimento desfavorável às pessoas negras do processo abolicionista. “Compreendemos que a natureza, forma e resultado da transição do trabalho escravo para o trabalho livre não permitiu a completa efetivação da abolição no país”, escreveu a Frente no manifesto divulgado na noite desta quarta-feira, 12.

“Há um longo caminho para fechar o ciclo aberto com a assinatura da Lei Áurea que, com apenas um parágrafo, alterou o regime de trabalho no Brasil, sem, contudo, criar os mecanismos necessários para amparar os então escravizados e seus descendentes, jogando-os diretamente em um ciclo de pobreza, da fome, do abandono, da violência e do racismo”.

Serviço

Ato Dia da Abolição (Ceará)

Quando: 13 de maio
Cronograma:
16 horas – Quilombo Paiva (Rua Rui Monte, 538, Antônio Bezerra)
18 horas – Comunidade Quilombola do Cercadão (próximo à Avenida Principal do Icaraí, na Caucaia)

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