Monique conta que foi drogada por Jairinho no dia da morte de seu filho

Em carta de 29 páginas, a professora Monique Medeiros deu detalhes de sua relação com o vereador e médico Dr. Jairinho. Ela conta que foi drogada pelo vereador na mesma madrugada em que o filho morreu

Em carta de 29 páginas, a professora Monique Medeiros diz que foi drogada pelo vereador Dr. Jairinho na mesma madrugada em que o filho morreu. Monique é mãe de Henry Borel, um garoto de 4 anos, que foi morto durante a madrugada de 8 de março deste ano.

A carta foi escrita de dentro do Hospital Penitenciário, onde a mãe está internada para o tratamento de Covid-19. O texto foi divulgado pelo programa Fantástico, na TV Globo, nesse domingo, 25. 

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Em nova versão sobre a morte do filho, Monique Medeiros afirma que foi drogada pelo então companheiro. Na carta, ela diz que começou a notar que dentro de suas taças de vinho havia um "pozinho" branco no fundo. “Um dia fui ao banheiro e quando voltei, peguei ele mascerando um comprimido dentro da minha taça na cozinha e nem tínhamos brigado ou nos desentendido", relata.

Sobre o dia do assassinato, a professora conta que colocou Henry para dormir depois de o garoto acordar três vezes. O casal assistia série e por volta da 1h30min, o vereador convidou a namorada para deitar no quarto. 

Logo após chegar no quarto, Dr. Jairinho teria ligado a televisão, com o som baixo, e o ar condicionado: “[ele] Me deu dois medicamentos que estava acostumado a me dar, pois dizia que eu dormia melhor, mas eu não o vi tomando. Logo, eu adormeci", narra a professora. 

"De madrugada, ele me acordou dizendo para eu ir até o quarto, que ele pegou o Henry no chão, o colocou na cama e que meu filho estava respirando mal. Fui correndo até o quarto, meu filho estava de barriga pra cima, descoberto, com a boca aberta, olhos olhando para o nada e pensei que tivesse desmaiado", relata, em seus escritos.

Monique e o namorado cumprem prisão temporária por 30 dias, sob acusação de homicídio duplamente qualificado. A versão atual contraria o primeiro depoimento dado pela professora.

No início da investigação, a mãe de Henry havia contado que viu o menino caído no chão primeiro e depois havia chamado Jairinho.

Inicialmente, Monique também contava que não acreditava que o médico tivesse feito qualquer coisa contra seu filho e que a relação entre eles era boa.

Em entrevista, os advogados da professora dizem que a mudança de depoimento passa pela trajetória do relacionamento dos dois. “Passa por todo o histórico e desenvolvimento do relacionamento abusivo de Monique com Jairinho. Após a trágica morte de seu filho, Monique também permaneceu manipulada por ele. Ele dizia que ela não teria condições de contratar um advogado [para a sua defesa]”.

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Relacionamento abusivo

 

De acordo com Monique, a sua ingestão de remédios começou por causa do relacionamento abusivo dos dois. “Passei a ter crises de ansiedade com tantas cobranças e picos de pressão e ele começou a me receitar um ansiolítico e remédio para dormir”, conta em sua carta.

Ela expõe os episódios de ciúmes do ex-namorado. Em um dos casos, em dezembro de 2020, ela diz que chegou a ser enforcada pelo vereador, pois não havia atendido uma ligação dele. Além disso, conta que ele costumava ligar ao menos 20 vezes por dia e que também colocou um localizador em seu celular e teria até colocado pessoas para lhe seguir nos momentos em que a professora ia à academia.

Monique Medeiros, mãe de Henry Borel.
Monique Medeiros, mãe de Henry Borel. (Foto: Reprodução/ TV Record)

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