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"Perdemos apenas um milhão de empregos", diz Guedes sobre ação do Brasil durante pandemia

Ministro disse que o País conseguiu preservar os sinais vitais da economia com o auxílio emergencial
18:55 | Out. 19, 2020
Autor Redação O POVO
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Em conferência virtual da Cúpula da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, o ministro da Economia do Brasil, Paulo Guedes, afirmou que o Governo Federal conseguiu diminuir os efeitos da pandemia da Covid-19 no mercado de trabalho.

Citando dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) em 30 de setembro, o ministro afirmou que o Brasil conseguiu preservar grande parte dos empregos em comparação com os Estados Unidos. “No mesmo período em que os Estados Unidos demitiu 33 milhões de pessoas, o Brasil preservou 11 milhões de empregos, digitalmente registrados, pelo nosso sistema de proteção, e perdemos apenas um milhão de empregos (formais). No mês passado (na verdade agosto) já recuperamos 250 mil empregos", disse. As informações são do UOL.

Os dados do Caged citados por Guedes apontam 249.388 vagas com carteira assinada abertas no mês de agosto. Foram contratados 1,239 milhão de vagas formais e 990 mil pessoas foram demitidas, o melhor resultado para agosto desde 2010. Ainda de acordo com o estudo, nos oito primeiros meses do ano, as demissões superaram as contratações em 849.387. O número aproximado de um milhão citado por Paulo Guedes correspondem ao período de maior impacto da pandemia.

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De acordo com o UOL, a Pnad Contínua de julho, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que em apenas um trimestre, 7,214 milhões de brasileiros perderam o emprego. Em um ano, o total de postos extintos supera os 11,5 milhões. Os dados divergem porque as duas pesquisas possuem metodologias diferentes: enquanto o Caged considera só os com carteira, por meio dos dados que as empresas enviam ao governo, a Pnad Contínua faz amostra de domicílios com dados de vagas formais e informais, domésticos, empregadores e mais.

No discurso da Cúpula, Paulo Guedes também disse que o Brasil conseguiu "preservar os sinais vitais da economia com o auxílio emergencial", dizendo que o Governo encontrou "36 milhões de invisíveis". O ministro também comentou que o país gastou, "sem arrependimentos", 10% do PIB no combate aos efeitos da pandemia da Covid-19,mas que as despesas ficarão restritas a este ano, com parte da conta sendo coberta com desinvestimentos. "Nós temos que pagar as despesas extraordinárias com o coronavírus. É como uma guerra, temos que pagar pela guerra. Vamos desinvestir para pagar isso", afirmou Guedes.

Críticas exageradas

No evento, o ministro também comentou sobre os riscos apontados por investidores em vir para o Brasil. Como exemplo, Guedes citou a questão ambiental e afirmou que as críticas são pautadas por aqueles que perderam as eleições. “Toda essa história de matar índios e queimar florestas é um exagero. Temos um ano e meio (de governo), não acredito que a Amazônia foi queimada em um ano e meio. Se há algo errado, esteve errado pelos últimos 30 anos", afirmou.

Ele acrescentou que o país tem a matriz energética mais limpa do mundo e é o que mais recebe imigrantes, mais miscigena e melhor trata seus indígenas. "Há uma narrativa pelas pessoas que perderam as eleições de que o Brasil está matando seus índios e destruindo florestas... mas estamos tentando nosso melhor", concluiu.

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