Quase metade das terras indígenas do Pantanal já foram tomadas por incêndios, aponta pesquisa

Um levantamento realizado pela Agência Pública, com base em dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e divulgados nesta quinta-feira, 17, revelou que 5 das 11 terras indígenas (TIs) regularizadas em municípios do Pantanal, Mato Grosso, já foram tomadas por queimadas. O fogo segue avançando no bioma e pode ter sido provocado por ação humana intencional.

Segundo órgão, a área indígena com mais focos é a maior dentre todas em limite de extensão: a TI Kadiwéu, dos Terena e Kadiwéu, no Mato Grosso do Sul. Ao todo, as terras indígenas (TIs) regularizadas registraram 164 queimadas neste mês e mais de 200 somente em agosto.

Como consequência das queimadas, aldeias têm suas casas e plantações devastadas. Além disso, muitos nativos precisaram de acompanhamento médico e até mesmo de internações para tratarem de problemas respiratórios que desenvolveram com a inalação das fumaças.

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Quando analisada as ocorrências de incêndio neste ano, o levantamento apontou que 72% dos focos ocorreram apenas em agosto e setembro. Em áreas onde as queimadas mais provocaram danos, foi comprovado que o fogo surgiu primeiro em propriedades particulares, avançando em seguida nas terras indígenas.  

Além dessas áreas, o Pantanal registra focos de incêndios em "três parques estaduais, em um nacional, em uma área de proteção ambiental, em duas reservas particulares e em uma estação ecológica".  Entre julho e setembro, todos os municípios do Pantanal registraram focos de incêndio.

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