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Bolsonaro diz que Queiroz não era foragido: "Parecia o maior bandido da face da Terra"

Declarações sobre o caso foram dadas pelo presidente da República, em transmissão ao vivo nesta quinta-feira, 18

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se posicionou, em transmissão ao vivo nesta quinta-feira, 18, sobre a prisão do policial militar aposentado Fabrício Queiroz. Segundo o chefe do Executivo, Queiroz não estava foragido. Bolsonaro se referiu à operação policial de sua prisão como algo exagerado. "Parecia que estavam prendendo o maior bandido da face da Terra".

Queiroz é ex-assessor parlamentar do gabinete de Flávio Bolsonaro, quando este era deputado estadual no Rio de Janeiro e foi preso na tarde desta quinta, em operação que investiga crimes de lavagem de dinheiro e esquemas de “rachadinha”, ligadas à família Bolsonaro.

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Bolsonaro frisou mais de uma vez não estava envolvido neste processo, mas que Queiroz não estava foragido e que não existia nenhum mandado de prisão contra o ex-policial. “Tranquilamente, se tivessem pedido ao advogado, creio eu, acredito, o comparecimento dele [Queiroz] a qualquer local, ele teria comparecido”, afirmou o presidente. Queiroz é investigado pelo Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro após um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), revelado pelo Estadão em dezembro de 2018, apontar movimentação milionária. As transações envolviam diretamente a família e parlamentares ligados à Flávio Bolsonaro.

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Em diversas ocasiões em que foi convocado para prestar esclarecimentos, Queiroz alegou graves problemas de saúde e não compareceu junto às autoridades. A família de Queiroz, também intimada a depor, afirmava estar acompanhando o tratamento contra o câncer no hospital Albert Einsten, em São Paulo. Bolsonaro mencionou brevemente o quadro de saúde de Queiroz em seu posicionamento, afirmando que o ex-assessor estava em Atibaia pois a região seria perto do hospital na qual ele realizava seu acompanhamento médico. A casa onde Queiroz foi preso fica aproximadamente 90 km de distância do hospital Albert Einsten, onde a família de Queiroz havia, anteriormente, informado à Polícia que ele estava recebendo tratamento de saúde. "E por que (Queiroz) estava naquela região de São Paulo? Porque é perto do hospital onde faz tratamento de câncer", justificou Bolsonaro.

Bolsonaro pontuou ainda esperar que a Justiça “cumpra seu caminho” no caso Queiroz, mas criticou a Operação Anjo, responsável pela prisão do ex-parlamentar. “Prisão espetaculosa”, disse o presidente. Ele negou que um imóvel registrado no nome dele tenha sido alvo de mandado de busca e apreensão no caso Queiroz e disse que essa informação foi uma “Fake News”, criada pela imprensa para o atacar. O presidente também negou ter sido informado por seu sistema de inteligência particular dele sobre a prisão de Queiroz e afirmou que a mídia “age de má fé” tentando o ligar ao caso Queiroz, como forma de prejudicá-lo.


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