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"Infelizmente a Constituição não permite prisão perpétua", declarou Bolsonaro sobre o caso da transexual Suzy

O presidente ainda criticou a TV Globo por não ter mencionado os crimes praticados pelas personagens abordadas na reportagem de Drauzio Varella
20:55 | Mar. 09, 2020
Autor Alan Magno
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Alan Magno Estagiário de jornalismo
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Tipo Notícia

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) usou seu perfil no Twitter para se posicionar no caso da transexual Suzy. Ele criticou a TV Globo por ter omitido os crimes praticados pelas personagens abordadas pelo Dr. Drauzio Varella na reportagem que mostrava um pouco da vida mulheres transexuais nos presídios brasileiros. “Infelizmente a Constituição não permite prisão perpétua para crimes tão cruéis”, declarou o presidente em sua publicação.

Suzy responde pelo crime de homicídio e estupro praticado em 2010. Na reportagem, o teor dos delitos praticados pelas transexuais não foi abordado pois este não era o foco da reportagem. A realidade de mulheres transexuais era o eixo central da narrativa e após Suzy ter comentado que não recebia nenhuma visita há oito anos, diversos internautas se solidarizaram com a situação e decidiram enviar cartas para ela.

Após a reportagem, ela chegou a receber mais de 234 cartas e alguns outros objetos como livros, maquiagens, chocolates e materiais de higiene. Porém, o crime cometido por ela foi divulgado na internet por um grupo de advogados que alegaram que a Rede Globo estava tentando enganar o público o crime pela qual Suzy respondia legalmente.

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Com a divulgação, uma série de julgamentos negativos emplacou a internet, tanto com relação a Suzzy, quanto a Rede Globo e mesmo a Drauzio Varella. A hashtag “#DrauzioVarelllaLixo# ocupava o terceiro lugar dos assuntos mais comentados no Brasil no Twitter nesta segunda-feira. O ministro da educação, Abraham Weintraub, chegou a desejar que os envolvidos na reportagem fossem condenados ao inferno.

O médico Drauzio chegou a publicar uma nota em seu Instagram afirmando que em momento algum se preocupou em perguntar sobre o crime cometido por elas, pois tal informação não deveria intervir em seu fazer médico e em suas ações humanitárias. “Sou médico, não juiz”.

Na tarde de hoje, 9, a advogada de Suzy divulgou uma carta escrito a punho pela própria Suzzy, na qual a detenta reconhece o erro e afirma estar pagando por seus atos. “Em nenhum momento tentei passar como inocente e desde aquele dia me arrependi verdadeiramente e hoje estou aqui pagando por tudo que eu cometi… Errei sim e estou pagando cada dia – cada hora e cada minuto aqui neste lugar…”, declarou Suzzy em parte da nota.

Confira comentários feitos por Bolsonaro sobre o caso:


Confira carta de Suzy:

 

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