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Delegado da Polícia Civil está sendo investigado por receber propina para abafar caso Marielle

Rivaldo Barbosa teria recebido R$ 400 mil para esconder os reais culpados do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes no ano passado
16:00 | Nov. 10, 2019
Autor Gabriela Feitosa
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Gabriela Feitosa Estagiária do O POVO Online
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Tipo Notícia

Em relatório enviado ao MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro), a Polícia Federal afirmou que o delegado da Polícia Civil, Rivaldo Barbosa, deve ser investigado pela suspeita de ter recebido propina no valor de R$ 400 mil para esconder os reais culpados pelo duplo assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol) e o motorista Anderson Gomes. Ambos foram mortos em 2018. As informações são do site UOL.

O MP, sem citar nomes, confirmou que está investigando Barbosa. O delegado nega que tenha recebido suborno por quem esteja ligado ao assassinato. Barbosa já chefiou a Polícia Civil do Rio de Janeiro. Ele é citado em uma conversa telefônica como recebedor de propina, como consta no relatório da PF. 

"Foram trazidas suspeitas de suposta corrupção envolvendo servidores da Delegacia de Homicídios [DH], especificamente sobre o então chefe da Polícia Civil, Rivaldo Barbosa, e servidores a ele relacionados, notadamente chefes da equipe de investigação da Delegacia de Homicídios", afirmou o delegado federal Leandro Almada, em documento enviado no último dia 2 de maio ao MP-RJ. O delegado comandou um inquérito federal sobre um esquema que tentava atrapalhar as investigações do caso.

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Leandro disse em documento que "Os fatos [são] merecedores de escorreita investigação, especialmente por investigação de natureza patrimonial, que confirme ou afaste a hipótese de [policiais civis] terem se utilizado dos cargos e da lotação para ganhos ilícitos, haja vista as reiteradas acusações e indícios". Rivaldo Barbosa foi procurado pelo site UOL e disse desconhecer o relatório da Polícia Federal e a conversa telefônica onde é citado. Também negou ter cometido qualquer irregularidade enquanto estava na chefia da Delegacia de Homicídios ou da Polícia Civil.

"Não há nada disso", afirmou Barbosa, ao telefone, para o UOL. "Trabalhei muito na DH [Delegacia de Homicídios] e nunca recebi nada de ninguém.".

Barbosa não quis comentar o caso Marielle e afirmou que quem fala sobre as supostas propinas deve apresentar as provas sobre suas existências.

A Polícia Civil afirmou que não iria se manifestar sobre o assunto.

Não é a primeira vez que Barbosa é citado como envolvido em esquema de propina para abafar o Caso Marielle. Em depoimentos ao MPF (Ministério Público Federal) e PF, o miliciano Orlando Curicica afirmou que o delegado e outros agentes recebiam dinheiro da contravenção e de milicianos para arquivar inquéritos de homicídios cometidos pelo grupo de matadores de aluguel conhecido como Escritório do Crime.

Barbosa já chefiou também a própria DH da Capital e, atualmente, está à frente da Coordenadoria de Comunicações e Operações Policiais.

Ao UOL, o Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP-RJ confirmou que abriu investigação com base no relatório da PF.

Barbosa também está sendo acusado pelo miliciano Jorge Alberto Moreth por receber dois pagamentos de R$ 200 mil cada, por meio de um inspetor da DH da Capital identificado como "Marcos". 

Com informações do site de notícias UOL

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