Coluna - Uma justiça injusta
Desde 2003, quando o Campeonato Brasileiro passou a ser disputado por pontos corridos, a discussão tomou conta da crônica esportiva e das conversas entre os torcedores. O sistema de mata-mata, utilizado na Copa do Brasil, não é melhor? A justiça dos pontos corridos – quem chega na frente, em tese, é o melhor – compensa a falta de emoção pela ausência de uma final entre dois candidatos ao título?
Esse ano a discussão não está na pauta. Até porque o árbitro de vídeo não deixa! A cada rodada temos uma nova polêmica e pouco espaço sobra para outros assuntos. Mas se prestarmos atenção no noticiário diário e, mais ainda, nos programas esportivos, fica evidente que o sistema atual afeta até mesmo o noticiário. Há como deixar de falar do Flamengo?
O rubro-negro tem um técnico português, Jorge Jesus, que está mexendo com o orgulho dos treinadores brasileiros; em campo, estrelas que já estiveram na seleção e fizeram carreira na Europa ao lado de jovens como Gérson, craques como Arrascaeta e artilheiros como Gabigol e Bruno Henrique; fora de campo, a torcida quebra recordes e é dona dos 14 maiores públicos do ano no futebol brasileiro. Além disso tudo, ainda está oito pontos à frente do Palmeiras, faltando oito rodadas para o fim do Brasileirão.
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AssineFosse, ao menos, uma competição de sistema misto, com cruzamento na reta final, podíamos ter agora, se considerarmos o que ocorria antes, com os oito primeiros colocados, os seguintes confrontos: Flamengo x Corinthians e São Paulo x Grêmio, de um lado da chave; Palmeiras x Internacional e Santos x Athletico do outro. Na briga por uma vaga entre os oito, Goiás, Bahia e Vasco.
Daria ou não uma movimentada no noticiário e nas torcidas? As discussões seriam mais amplas, o torcedor ainda estaria interessado no campeonato e haveria emoção até o final.
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