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Espécie de palmeira que só floresce uma vez dá flores no Rio de Janeiro

Espécie também já floresceu na agência do Banco do Nordeste, no bairro Passaré
16:52 | Out. 22, 2019
Autor O POVO
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Tipo Notícia

As palmeiras conhecidas como palma talipot floresceram no Aterro do Flamengo, Zona Sul do Rio de Janeiro. Elas foram plantadas na década de 60 pelo paisagista Roberto Burle Marx, que também trouxe a planta ao Brasil. A espécie é nativa do sul da Índia e do Sri Lanka, e florescem apenas uma vez. "Roberto morreu em 1994 e uma semana depois a palmeira iniciou seu processo de floração. Falaram na época que era uma homenagem da natureza ao paisagista." comenta a presidente do Instituto Burle Marx Isabela Ono.

Por ideia do paisagista Ricardo Marinho, que trabalhou com Burle Marx no projeto paisagístico do Banco do Nordeste (BNB), mudas da espécie também foram plantadas no Ceará. Na agência do BNB no Passaré, no bairro Edson Queiroz, e em outros projetos pessoais de Burle Marx.

A espécie

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A palmeira, de nome científico Corypha umbraculifera vive entre 40 e 70 anos. Demoram esse mesmo tempo para florescer, produzindo cachos com pequenas flores de cor amarelo claro, de cerca de 1 centímetro. A planta pode atingir até 30 metros de altura, e suas folhas tem cerca de 4 de diâmetro, em forma de leque. Muda da palmeira também foi plantada em Guaramiranga, mas por não se adaptar ao clima frio, não floresceu. A planta é monocárpica, ou seja, floresce apenas uma vez na vida, formando uma haste de cerca de 5 metros com as flores. Os frutos têm coloração verde-acastanhada, são arredondados e demoram cerca de um ano para amadurecer. Eles dão muitas sementes, com cerca de quatro centímetros de diâmetro.

>Roberto Burle Marx foi um artista brasileiro, que apesar de não ter formação na área, foi paisagista, e fez projetos de várias praças no Brasil.

>O Instituto Burle Marx, criado em 2019, organização que busca preservar o seu legado e inspirar outros artistas, foi criado por Haruyoshi Ono, discípulo e sócio do artista. Tem o intuito de preservar e reverberar o legado paisagístico de Roberto Burle Marx. Há cerca de três anos, os sócios do Escritório de Paisagismo Burle Marx começaram a conversa sobre o futuro do seu acervo paisagístico, Quando Haruyoshi Ono morreu, há dois anos, Isabela Ono, Julio Ono e Gustavo Leivas decidiram dar continuidade a este projeto e criaram a organização sem fins lucrativos. 

>O Instituto Burle Marx está organizando uma roda de conversa com diferentes profissionais, promovendo um diálogo entre as obras de Roberto e de personalidades contemporâneas. O instituto divulgou que a atividade acontecerá no Rio de Janeiro, no dia 5 de novembro, às 19h. "Acreditamos que o projeto paisagístico criado por Burle Marx foi realmente inovador e atemporal; com valor reconhecido mundialmente. Além disso, os ideais defendidos por ele em vida (meio ambiente, sustentabilidade, troca de experiência, educação, cultura, brasilidade, tropical, arte) são conceitos que estão alinhados com o mundo contemporâneo e precisam ser difundidos e celebrados. Roberto faz parte da identidade carioca e do Brasil, com relevância internacional." afirma Instituto.

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