Estado terá que pagar R$ 3 milhões para artista plástico preso injustamente por 18 anos
O pagamento será feito sob a alegação de danos morais e danos existenciaisA Justiça de Minas Gerais condenou o Estado a pagar uma indenização de R$ 3 milhões ao artista plástico Eugênio Fiúza Queiroz, preso injustamente por 18 anos acusado de uma série de estupro. O homem foi algemado e levado para a delegacia em agosto de 1995, sem mandado de prisão, enquanto estava em uma praça de Belo Horizonte, ao lado da namorada. O verdadeiro autor dos crimes, Pedro Meyer, o Maníaco de Anchieta, só foi reconhecido e preso em 2012. As informações são do jornal O Estado de Minas.
A sentença da 5ª Vara da Fazenda Estadual prevê o pagamento de R$ 2 milhões por danos morais e mais R$ 1 milhão por danos existenciais. As quantias serão ainda corrigidas monetariamente e somados aos juros calculados desde agosto de 1995, quando o artista plástico foi preso.
Segundo o jornal O Estado de Minas, desde o início do caso, Eugênio afirma sua inocência, mas alega ter confessado os crimes sob mediante tortura, física e psicológica. Ele perdeu o contato com a família, em especial com o filho. Ao sair da prisão, descobriu a morte da mãe e de cinco de seus irmãos. Ele contou ainda que pensou em suicídio por ter sua imagem manchada.
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