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Dia 7 de setembro ficará na memória de crianças de comunidade do Rio

15:49 | Set. 07, 2019
Autor Agência Brasil
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Tipo Notícia

O dia 7 de setembro de 2019 vai ficar na memória de 26 crianças da comunidade Parada de Lucas, na zona norte do Rio. Elas fazem parte do projeto social, de reforço escolar, A arte de Educar desenvolvido pela Transformasamba. A ida das meninas e meninos de sete a dez anos ao desfile foi uma ideia do diretor executivo da organização não governamental (ONG), Jubdervam Menezes, que contou com o apoio de outras cinco integrantes do projeto.

Jubderlam disse que a intenção foi “dar um entender às crianças”, de respeitar a independência do Brasil e o que significa o dia 7 de setembro. “É uma forma de dar inclusão social a eles e os incluir na sociedade. Somos de uma comunidade e é muito difícil [a vida] na comunidade. A gente não consegue patrocínio para os projetos sociais e não consegue levar cultura”, disse se dirigindo com o grupo para a Central do Brasil, onde pegariam o trem para voltar à comunidade.

Para conseguir o transporte, ele enviou um ofício para a SuperVia, empresa responsável pelo sistema de trens do Rio, que deu gratuidade para as crianças e para os seis adultos que foram acompanhar os meninos e meninas até a Avenida Presidente Vargas, no centro do Rio.

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Ju, como é chamado disse que as crianças gostaram do passeio e tiveram um momento diferente de contato mais próximos com policiais militares na área do desfile. Ele explicou que em geral, elas presenciam tiroteios na comunidade e veem policiais em momentos de maior violência. Hoje puderam se aproximar deles em uma situação mais amena. “Eles ficaram encantados, porque essa não é a realidade que estão acostumados a ver. Tivemos até um episódio um pouco estranho. Os policiais chamaram eles para tirar uma foto”, contou, acrescentando, que para as crianças, a primeira vez em um desfile de 7 de setembro serviu para desmistificar o que mostra a vida na comunidade.

Hoje também foi a primeira vez que Davi Vieira Vicente, de 21 anos, foi assistir a um desfile cívico-militar. Ele e o pai, o aposentado Augusto Vicente, de 59 anos, usaram o trem para saírem de Santíssimo, na zona oeste do Rio e seguir para o centro da cidade. Logo cedo já estavam nas arquibancadas para ver o desfile. “Eu vim mais para mostrar a ele que não tinha assistido ainda. É a primeira vez que ele está fazendo isso”, contou Augusto.

“Eu achei interessante, gostei principalmente dos veículos. Queria saber quais são os veículos que o Exército brasileiro utiliza. As bandas também são algo legal de se assistir pelo sincronismo dos instrumentos”, revelou o jovem.

Reação

Durante o desfile, em vários momentos, o público que lotou as arquibancadas e se espalhou junto às grades em uma extensão equivalente a sete quarteirões na pista em frente ao Comando Militar do Leste (CML) deu demonstrações de que estava animado. As passagens das unidades femininas da Marinha, do Exército e da Aeronáutica foram muito aplaudidas, como também, os alunos do Colégio Militar do Rio de Janeiro e os integrantes da Brigada de Paraquedistas. Entre as forças de segurança do estado do Rio, o público aplaudiu a passagem dos policiais militares do Batalhão de Choque, dos Policiais Civis da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) que passaram em carros com a sirene ligada e o sobrevoo do helicóptero do Corpo de Bombeiros. Não foram feitos cálculos de quantas pessoas assistiram o desfile.

No encerramento do desfile, o governador do Rio, Wilson Witzel, depois de receber as honras militares, destacou que o estado do Rio de Janeiro apresentou o que de melhor há nas suas forças de operações. “Nas suas forças auxiliares apresentou seus homens e veículos que foram comprados durante a Intervenção [Federal na Segurança Pública do estado do Rio]. Momento importante de se agradecer ao Exército Brasileiro que atuou durante o Gabinete da Intervenção. O estado do Rio de Janeiro tem a honra de ter sido auxiliado em um momento de dificuldade pelo Exército Brasileiro”.

Do lado de fora do Panteão de Caxias, monumento que abriga os restos mortais de Luiz Alves de Lima e Silva, Duque de Caxias, o patrono do Exército, onde assistiu ao desfile, Witzel comentou o apoio do público às forças de segurança do estado na passagem dos integrantes. “A Polícia Militar neste brilhante desfile organizado pelas Forças Armadas, foi extremamente aplaudida, a Polícia Civil, o Corpo de Bombeiros, a Secretaria de Administração Penitenciária. As nossas forças de segurança estão de parabéns”.

O desfile da Independência no Rio contou com 5.200 participantes entre militares, representantes de instituições civis e alunos de escolas municipais, localizadas no entorno do Comando Militar do Leste. Os últimos a se apresentar foram integrantes das unidades de cavalaria das forças armadas e da polícia militar do Rio. Além dos participantes, as forças levaram para o desfile vários veículos utilizados nas suas funções, entre eles, o helicóptero do tipo UH-12 da Aviação Naval, caças da Aeronáutica e blindados do Exército e das polícias militar e civil do Rio.

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