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"O dia virou noite": entenda fenômeno que deixou céu escuro e surpreendeu São Paulo

O escurecimento súbito é uma mistura de frente fria e queimadas em pelo menos três regiões distintas
13:49 | Ago. 20, 2019
Autor O POVO
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Tipo Notícia

Às 15h30min desta segunda-feira, 19, era noite em São Paulo. Pelo menos, parecia ser. No meio da tarde, o céu da maior cidade da América do Sul foi coberto por pesadas nuvens negras que fecharam o tempo de tal forma que foi preciso acender as luzes mais cedo. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o fenômeno foi o encontro de uma frente fria com os ventos provenientes de queimadas no Centro-Oeste e Norte do Brasil e em países vizinhos, que traziam partículas de fuligem suspensas no ar.

“É uma convergência entre ventos do centro e do leste de SP, com o material das queimadas que ocorreram no Centro-Oeste, Norte  e no Paraguai”, explicou o meteorologista do Inmet Franco Vilela à rádio Jovem Pan. Grande parte das correntes de ar fuliginosas vêm do Pantanal paraguaio, onde uma intensa queimada já consumiu 21 mil hectares desde o último sábado, 17; e no Pantanal boliviano, na fronteira com o Brasil. Além da capital paulista, a névoa escura também foi percebida no norte do Paraná, em cidades como Londrina. 

Consoante às partículas, a frente fria com ventos úmidos escureceu o tempo e baixou a temperatura, que chegou a 13º C. Nas redes sociais, foram difundidas imagens impressionantes de São Paulo vivendo a tarde como se fosse noite. No Twitter, o tema ficou entre os mais comentados do dia e muitos usuários associaram a sombra diretamente a uma nuvem de fumaça que atinge Porto Velho, capital do estado de Rondônia, flagelada por queimadas consecutivas em seus arredores. As duas capitais estão a mais de 3 mil km de distância.

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De acordo com a agência MetSul Meteorologia, o rastro de fumaça das nuvens foi, de fato, reforçado por queimadas na região amazônica, principalmente em Rondônia e no Mato Grosso. Porém, conforme o MetSul, a maior parte da fuligem que atingiu a região provém do Paraguai e da Bolívia.

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