Irmã Dulce: Processo de canonização foi iniciado em 2000
A causa da canonização de Irmã Dulce foi iniciada em janeiro de 2000. Em abril de 2009, ela recebeu do papa Bento XVI o título de venerável, em reconhecimento a virtudes cristãs da fé, esperança e caridade. Foi a etapa anterior à beatificação, reconhecida em outubro de 2010, pela Congregação para a Causa dos Santos, em Roma, num primeiro milagre atribuído à freira. Foi o caso envolvendo a cura da sergipana Cláudia Cristina Santos, que sobreviveu a um quadro de hemorragia pós-parto em 2001.
O milagre da canonização revelou ontem a história do maestro José Maurício, diagnosticado com glaucoma aos 22 anos e que permaneceu cego de 2000 a 2014. De uma conjuntivite muito grave, pediu a intercessão da religiosa em orações, encostado sua imagem nos olhos, para que lhe aliviasse as dores intensas. Ao acordar no dia seguinte, havia voltado a enxergar.
Há pelo menos três etapas de avaliação de um segundo milagre, reconhecidas pelo Vaticano: uma reunião com peritos médicos (que dão o aval científico), com teólogos e a aprovação final do colégio cardinalício. Uma graça passa a ser considerada milagre após atender a pelo menos quatro pontos considerados básicos: a instantaneidade, assegurando que a graça foi alcançada logo após o apelo; a perfeição, com o atendimento completo do pedido; a durabilidade e a permanência do benefício e seu caráter preternatural (não explicado pela ciência).
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AssineIrmã Dulce teve o terceiro processo de canonização mais rápido da história. Foram 27 anos após seu falecimento. Os mais curtos foram o do papa João Paulo II (nove anos depois de falecido) e de Madre Teresa de Calcutá (19 anos pós-morte).
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