Paiva cita lesões, lamenta falta de sequência no Fortaleza e explica escolhas
Na coletiva, o treinador português também comentou sobre as lesões de Kuscevic e Lucca Prior, ocorridas durante a partida contra o El Fortín
10:17 | Ago. 13, 2025
Fortaleza e Vélez não saíram do 0 a 0 no primeiro jogo das oitavas de final da Copa Libertadores. Após o confronto na Arena Castelão, na noite desta terça-feira, 12, o técnico Renato Paiva lamentou, entre outros pontos, a falta de sequência entre os titulares do Leão desde a sua chegada.
Na coletiva, o treinador português também comentou sobre as lesões de Kuscevic e Lucca Prior — ocorridas durante a partida contra o El Fortín —, abordou a disputa pela lateral esquerda, falou sobre o processo de adaptação de Adam Bareiro e José Herrera e, por fim, comentou sobre possíveis reforços para o meio-campo ainda nesta janela de transferências.
“O que está de fato difícil é esta continuidade com os jogadores, que estamos tentando dar alguma continuidade, e com os jogadores se lesionando. E esse é que é o problema, que nós não estamos conseguindo definir um 11, pelo menos uma espinha dorsal”, disse Paiva.
“Tentei quando cheguei a encontrar uma e essa espinha dorsal da equipe viu-se contra Bahia, Red Bull, Grêmio e Corinthians. (Nesses jogos) teve mais ou menos a espinha dorsal, entretanto já foram caindo os jogadores. E agora temos que encontrar novas opções e novas soluções como fizemos hoje”, indagou.
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Atualmente, cinco atletas — Moisés, Brenno, Pochettino, Matheus Pereira e João Ricardo — estão sob cuidados do Departamento Médico do clube (DM). Além deles, durante o jogo desta terça-feira, o zagueiro Kuscevic e o meia Lucca Prior também deixaram o campo lesionados.
O elevado número de desfalques tem impedido Paiva de repetir escalações. Desde a sua estreia, contra o Bahia, no dia 19 de julho, o treinador já mandou a campo seis formações iniciais diferentes.
“Eu não gosto de lamentar falta de jogadores porque tenho outras soluções. A questão que eu aqui digo é a ausência dos três (Matheus Pereira, Pochettino e Moisés), não de um, mas dos três ao mesmo tempo, e a qual se juntam hoje o Kuscevic e o Lucca Prior. Não foi uma substituição que eu quisesse fazer, foi uma substituição forçada”, revelou Paiva.
Situação na lateral esquerda
Outro tema abordado na coletiva foi a titularidade de Diogo Barbosa na lateral esquerda. O defensor, que veio do Fluminense no início desta temporada, vem sendo bastante criticado por parte da torcida desde suas primeiras atuações.
Neste cenário, para aumentar a concorrência na posição, que já contava com Bruno Pacheco, o Fortaleza contratou, no último mês, o lateral Weverson, vindo do Arouca-POR. Paiva, no entanto, ponderou sobre o condicionamento físico do recém-chegado e revelou que Bruno Pacheco lida com uma lesão que o impediu de atuar nos últimos jogos.
“Em relação à questão dos laterais, é muito simples. Entendo que o torcedor tem os seus gostos, mas o torcedor não sabe de coisas que se passam no trabalho. O Weverson vem de uma paragem larguíssima. Larguíssima. Jogou o último jogo, mas não aguentaria dois jogos seguidos”, disse.
“Portanto, o Diogo traz mais rotinas, é um lateral mais equilibrado defensiva e ofensivamente e, portanto, foi a minha escolha […] Já o Pacheco anda com uma tendinite no joelho, que não permite estar neste momento a 100%. Ele está treinando, mas nota-se com alguma dificuldade. Valorizo o esforço dele, dele de fato querer treinar, mas essa tendinite não o põe 100%. E estes são jogos onde eu não posso, obviamente, arriscar”, ressaltou.
Adaptação dos “Hermanos”
Durante a coletiva, Paiva também comentou sobre o desempenho dos atacantes argentinos José “Tuco” Herrera e Adam Bareiro. O primeiro vem recebendo oportunidades sob o comando do português e chegou a iniciar alguns dos últimos jogos como titular.
Já o centroavante tem acumulado baixa minutagem desde a sua chegada. Na entrevista pós-jogo, Paiva ressaltou a importância do período de adaptação para ambos e revelou que Bareiro apresentou um “déficit físico” ao desembarcar no Pici.
“Eu às vezes digo isto (que ambos precisam de adaptação). O Adam vem de um campeonato completamente diferente do nosso, e está com falta de ritmo. O Adam não foi convocado para o Corinthians, e começou-se logo a especular que o treinador não gostava do Adam”, disse Paiva.
“O Adam não foi relacionado, porque o Adam estava com déficit físico. Então decidimos depois do jogo contra o Botafogo, fazer um trabalho específico, físico, com o Adam. Só físico, mais nada. Já o Herrera é um menino que está se adaptando aos poucos. Estamos lançando o Herrera jogo a jogo”, afirmou.
Novos reforços
Nesta janela de transferências, que se encerra no próximo dia 2 de setembro, o Fortaleza já trouxe cinco reforços: Helton Leite, Vinicius Silvestre, Weverson, Adam Bareiro e José Herrera. Ainda assim, Paiva afirmou que o elenco precisa ganhar mais opções.
Segundo o treinador, o clube trabalha diariamente para fechar novas contratações — com prioridade para o meio-campo. Entretanto, apesar da necessidade, Paiva ressaltou a necessidade de trazer um atleta que cause impacto imediato.
“Sim, estamos estudando e nós reunindo constantemente para aumentar a qualidade deste elenco. Há posições importantes, inclusive no meio-campo, que precisam de reforços e nós estamos trabalhando nisso na velocidade possível”, disse.
“Todos os dias falamos sobre o tema, diariamente nos reunimos, todos os dias há passos em frente, portanto, é quase certo que vão chegar os jogadores […] Jogador, para chegar, tem que ser para fazer a diferença. Contratar por contratar não vale a pena porque temos até um elenco grande. Para vir, tem que fazer a diferença”, afirmou.