Policiais envolvidos em caso de violência contra torcida do Fortaleza são afastados de atividades de policiamento na Arena Castelão

O presidente do clube, Marcelo Paz, compartilhou vídeo em que fala sobre o problema: "Condutas de algumas pessoas, não é da torcida, é de algumas pessoas pontuais têm causado todo esse alvoroço"

A Polícia Militar do Ceará (PMCE) informou, neste sábado, 7, que os profissionais envolvidos em uma ação violenta registrada na Arena Castelão, na última quinta-feira, 5, estão afastados de qualquer atividade de policiamento no equipamento esportivo.

O órgão afirma que o caso está sendo apurado. O episódio aconteceu no setor inferior sul, da Arena Castelão, contra torcedores do Fortaleza, durante a partida contra o River Plate/ARG, pela Libertadores.

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“A PMCE repudia ações que maculem a missão institucional de servir e proteger a população cearense. A corporação apurará rigorosamente qualquer caso de desvio de conduta” diz a nota.

De acordo com os policiais envolvidos no caso, eles foram acionados para atender uma ocorrência de vias de fato envolvendo torcedores e pessoas que trabalhavam em um bar da Arena Castelão, durante a partida de futebol válida pela 4ª rodada da Conmebol Libertadores.

À PMCE, os militares explicaram que ao atender a ocorrência, foi necessário fazer uso controlado da força para conter os ânimos e possíveis agressões contra os agentes que estavam no local para auxiliar na demanda. Durante a ocorrência, um torcedor acabou sendo preso pelo crime de dano e desacato. Na ação, um policial militar foi ferido e encaminhado ao hospital.

Em entrevista ao Esportes O POVO, pessoas que estavam no setor onde as imagens foram gravadas afirmam ter tido disparos de tiros de bala de borracha de forma aleatória contra os torcedores, além do uso de gás de pimenta em um ambiente com crianças e idosos.

O presidente do Fortaleza Esporte Clube, Marcelo Paz, compartilhou vídeo em que fala sobre a situação: “Condutas de algumas pessoas, não é da torcida, é de algumas pessoas pontuais têm causado todo esse alvoroço. Então está errado, a pessoa que vai ao estádio para roubar, para furtar, para causar dano ao outro, para agredir a atendente e está errado o policial que tem uma abordagem grosseira, às vezes até covarde contra algumas pessoas que não tinham relação com o tumulto causado inicialmente”, ressaltou.

Em nota publicada nessa sexta-feira, 6, o Fortaleza diz já ter conhecimento do caso e estuda quais medidas serão adotadas para evitar que o problema volte a acontecer. “Dentre as quais [medidas] o envio das imagens internas para a apreciação do Ministério Público através do Núcleo do Desporto e Defesa do Torcedor (Nudtor), órgão competente para ouvir todas as partes, avaliar as imagens e também as tais condutas. E, a partir daí, dar início criminal e administrativamente”, diz a nota.

 

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