Enderson explica escalação do Fortaleza com três volantes e lamenta eliminação nos pênaltis

Comandante do Leão vê "jogo equilibrado" contra o Bahia, justifica mudança no meio-campo e defende cobradores que perderam penalidades em revés

Em entrevista coletiva, o técnico Enderson Moreira considerou equilibrado o duelo entre Fortaleza e Bahia no tempo normal, que terminou sem gols, e lamentou a eliminação da semifinal da Copa do Nordeste após a derrota por 4 a 2 nos pênaltis, neste sábado, 24, na Arena Castelão. O treinador justificou a escalação com três volantes e defendeu os cobradores das penalidades.

Nos 90 minutos, o Leão não conseguiu construir jogadas ofensivas para concluir em gol e levou pouco perigo à meta visitante. O Esquadrão, por sua vez, teve mais volume de jogo e assustou Felipe Alves, acertando até o travessão. O comandante dos donos da casa considerou o confronto parelho e ponderou sobre o peso decisivo.

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"Um jogo decisivo assim, de duas equipes que se equivalem muito, é detalhe. Então todo mundo tem suas precauções, é um jogo mais disputado, tenso. A gente sabia que qualquer erro poderia não ter chance de poder reverter. Um jogo classificatório é diferente, você sabe que se o resultado acontecer ali, tem chance de recuperar. A gente planejou o jogo para jogar para frente, buscar o resultado, mas tinha do outro lado também uma equipe que pensava da mesma forma, em neutralizar nossas forças. É um jogo equilibrado. Foram poucas situações de ambos os lados. Tecnicamente não foi um jogo bom de nenhuma das equipes, em função muito dessa tensão decisiva. As finais e semifinais são sempre jogos muito tensos", avaliou.

O Tricolor do Pici foi a campo com novidade na escalação: o meia Matheus Vargas foi sacado e deu vez ao volante Gustavo Blanco, que formou o meio-campo ao lado de Matheus Jussa e Éderson. Enderson Moreira explicou que a intenção era dar mais liberdade aos laterais e proteger o sistema defensivo das investidas de Rodriguinho.

"A gente não abriu (mão de atacar), muito pelo contrário. O que gente buscou, na verdade, foi neutralizar algumas ações do Bahia, liberar os dois laterais mais, para funcionarem ao mesmo tempo. A gente teve bons momentos no primeiro tempo, transições boas, chegadas boas. A nossa ideia era totalmente diferente, para poder ter uma equipe que pudesse transitar rápido, buscar essa alternativa. A gente sabia que eles forçariam muito a bola ali por dentro, então reforçou aquele tripé para roubar a bola e transitar, principalmente deixar os três atacantes em uma situação mais favorável. Isso aconteceu bastante no primeiro tempo, como eu falei, a gente errou muito no último passe, na hora de finalizar, na hora de deixar o colega em uma situação melhor para o gol", analisou.

Com a igualdade no tempo regulamentar, o clássico tricolor foi decidido nas penalidades. Bruno Melo e Robson tiveram as cobranças defendidas por Matheus Teixeira, enquanto Felipe Alves pegou o chute de Juninho Capixaba. No fim, o Bahia levou a melhor e eliminou o Fortaleza do Nordestão.

"O Robson é um grande cobrador. Falar agora de quem errou é falar daquilo que aconteceu. Todos eles são bons cobradores. O Wellington, outro dia, perdeu dois pênaltis seguidos, é só a gente lembrar também um pouquinho atrás, no jogo contra o Coritiba, e é um excelente cobrador. Pênalti não é só a questão técnica, é questão emocional também, e isso a gente não pode controlar. Agora ficar falando 'por que fulano saiu, por que o outro entrou, por que o outro bateu, por que o outro não bateu'... Todos os atletas que bateram... E nós estamos treinando pênalti não é agora, não, é desde a época da Copa do Brasil. Essa semana, a semana inteira nós treinamos pênalti. Mas mesmo treinando, a gente não reproduz o que é a tensão, o aspecto emocional que é bater um pênalti. E não é à toa que os melhores jogadores do mundo já perderam pênalti, porque é uma situação tensa. Só quem já esteve dentro do campo pode ter uma noção da responsabilidade que é fazer uma cobrança de pênalti em uma decisão", frisou o treinador, que explicou as saídas de Wellington Paulista e David.

"O Wellington não foi pouco tempo, não, foi bem no começo do segundo tempo, com uns 20 minutos. Pelo desgaste. Eu não posso pensar em pênaltis enquanto ainda tem tempo. E o David já tinha solicitado a troca, eu tinha que trocar. Entrou o Crispim, que bateu muito bem o pênalti, um jogador qualificado para isso", destacou Enderson Moreira.

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